Os cristãos na República do Sudão do Sul estão em pranto. Uma das mais respeitadas instituições do pequenos país, considerado o mais jovem do planeta e localizado no Nordeste da África, foi covardemente atacada por extremistas na última segunda-feira, dia 14 de maio.
Construída em 2001 pela organização Portas Abertas, junto com a Igreja Evangélica Presbiteriana do Sudão, a Faculdade Cristã Emanuel, ou simplesmente “ECC”, como é conhecida pela sigla em inglês, é uma instituição acadêmica voltada para o treinamento de lideranças cristãs, além de oferecer serviços comunitários.
Apesar do respeito conquistado no país, a instituição sofreu um ataque brutal de extremistas que deixou 10 mortos, entre eles cinco crianças. Como se não bastasse o absurdo da violência, uma adolescente que sobreviveu aos ataques, de apenas 14 anos, filha de um dos funcionários da faculdade, contou que foi violentada sexualmente pelos agressores.
Além das crianças mortas, três seguranças da faculdade e um pai com seu filho também morreram. “É, de fato, um triste dia quando pessoas inocentes são atacadas em uma instituição que é reconhecida internacionalmente por expandir o Evangelho num contexto etnicamente diversificado”, disse JP Pretorius, diretor regional da Portas Abertas na África.
Essa não é a primeira vez que cristãos são perseguidos e assassinados no Sudão do Sul, país onde a maioria da população é praticante de religiões indígenas. Em 2014, um massacre de cristãos deixou vários corpos espalhados nas estradas e igrejas do país. Na época, a série de atentados foi considerada a mais chocante já registrada no território, deixando milhares de mortos e mais de 750 mil refugiados, segundo informações da Organização das Nações Unidas (ONU).
A Portas Abertas, através do seu representante regional, fez um clamor pelas vítimas da última semana: “Convocamos a comunidade cristã internacional a orar pelos funcionários da ECC e pela igreja no Sudão do Sul”, declarou JP Pretorius.