Uma campanha de cerceamento da liberdade religiosa por parte de ativistas ateus teve efeito contrário em uma comunidade no estado da Geórgia, nos Estados Unidos. O que deveria funcionar como uma barreira contra o fortalecimento da fé se transformou em um grande avivamento local.
Como em dezenas de outros casos, um treinador de futebol americano está no centro da polêmica. John Small, que é professor na escola East Coweta, foi notificado pela entidade Freedom From Religion Foundation, que ele deveria interromper a prática das orações com os alunos, pois essa seria uma violação da laicidade do Estado.
Os ativistas ateus se queixaram também com o Conselho Escolar, que decidiu que os professores deveriam se abster de “participar, inclinar suas cabeças ou manifestar aprovação” durante as orações lideradas pelos alunos.
“Não temos permissão para estar no meio disso, mas temos o direito de estar com nossos jogadores. Não precisamos fugir”, comentou o treinador John Small, em entrevista ao portal The Christian Post. “Se minha cabeça está curvada, ninguém pode me dizer o que estou pensando. Não estou liderando a oração. Estou lá apoiando meus filhos”, prosseguiu.
O resultado é que a comunidade expressou grande apoio ao treinador e, recentemente, a Sociedade de Atletas Cristãos anunciou que realizará um movimento de oração dentro do Estádio Garland Shoemake, no Condado de Coweta. “Estamos obviamente sendo atacados o tempo todo. Essa batalha não é carnal. Esta é uma batalha contra os principados da escuridão. É o que a Palavra diz”, comentou Small.
Rob Brass, diretor da Sociedade de Atletas Cristãos em Atlanta (Geórgia), afirmou que uma reunião de oração como esta é uma reação natural para os cristãos: “Como o treinador disse, esta é uma guerra espiritual. A primeira coisa que somos chamados a fazer é orar”, disse ele.
Por outro lado, os alunos demonstraram engajamento com a manutenção da tradição de orar antes dos treinos e jogos, e tem convidado outros que não participavam a comparecerem às reuniões de oração no campo. O público que compareceu ao estádio para acompanhar a primeira partida após a proibição do Conselho Escolar também participou do momento de prece.
“Nossos alunos fizeram um ótimo trabalho e lideraram uma oração com outros estudantes que estavam nas arquibancadas antes do jogo. Em vez de serem 100 jogadores orando, foram mais de 400 estudantes orando”, concluiu John Small.