A disputa pela presidência da Câmara dos Deputados poderá ter um concorrente com apoio da bancada evangélica.
A eleição conta com a candidatura do deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), tido como favorito, além dos deputados Júlio Delgado (PSB-MG) e Rose de Freitas (PMDB-ES). Estes dois últimos, tentam convencer o pastor e deputado Ronaldo Fonseca (PR-DF) a sair candidato.
A estratégia, de acordo com informações do jornal Valor Econômico, é baseada no princípio de que se houver maior pulverização de votos, pode haver um segundo turno. Como a bancada evangélica é coesa, boa parte dos votos que iriam para o favorito Henrique Eduardo Alves, seria somada ao candidato evangélico.
O acordo entre os três parlamentares que concorrem com o deputado Alves inclui apoio irrestrito ao candidato que passar ao segundo turno: “Nós três representamos o novo e só os três juntos podem levar a eleição para o segundo turno. A minha candidatura possibilita o segundo turno. Hoje sou o fiel da balança para ter segundo turno”, afirmou Ronaldo Fonseca, que é pastor da Assembleia de Deus e presidente do Conselho Político Nacional da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB).
Outro político que tem dado apoio ao pastor Fonseca é Anthony Garotinho (PR-RJ), que deverá assumir a liderança da bancada do PR na atual legislatura. “Garotinho é um amigo, já trabalhei com ele no Rio. Prezo bastante ele, é um grande político. Ele declarou o voto em mim e simpatiza com a minha candidatura”, revelou Ronaldo Fonseca.
A reportagem descreve Fonseca como “um dos evangélicos mais aguerridos da Câmara”, que sempre “está presente em todos os debates que envolvem temas como família e comportamento”. O político é um dos que atuaram de forma intensa na busca pela proibição do kit gay.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+