O cantor e pastor Samuel Mariano está no centro de uma nova polêmica por fazer duras críticas à cantora Isadora Pompeo por cantar Bênçãos Que Não Têm Fim, uma versão em português de extremo sucesso nos últimos meses de uma música em inglês.
Mariano afirmou que considera negativo que o público evangélico não tenha o rigor de analisar as músicas que canta: “Um monte de gente agora cantando essa música aí ‘Deus eu tenho tantas bênçãos’… ninguém sabe que essa música é católica”.
“Olha como a gente está. Acharam bonito a melodia e a letra, transformaram para português. Se você for procurar a música original, americana, é de um cantor católico. E a gente está embolando tudo”, queixou-se.
Seph Schlueter, o autor da canção, é católico e suas músicas e vídeos em redes sociais sempre fazem uma exaltação de Cristo e a importância de Ele ser o centro. Entretanto, para Samuel Mariano, a coerência bíblica da letra de Bênçãos Que Não Têm Fim (Counting my Blessings, no original) tem menos importância que a tradição religiosa seguida pelo compositor.
“O alimento já não é de qualidade. Desculpe, mas isso aqui ainda é Assembleia de Deus. ‘Mas é que está dando certo ali um negócio mais coach’. Deixa lá. Aqui ainda é comida feita na cozinha de Deus”, acrescentou Mariano, expandindo seu raciocínio para as influências da teologia do coaching e outros ventos de doutrina.
Repercussão negativa
No último domingo, 14 de janeiro, Samuel Mariano veio a público se retratar pelas críticas feitas, de forma indireta, à cantora Isadora Pompeo e sua tradução da música Bênçãos Que Não Têm Fim:
“Já pensei em muita coisa para falar aqui, mas acho que deveria ter pensado antes. Reconheço isso. Tenho três verdades para falar aqui, e um pedido de perdão. A primeira verdade é que eu não ia fazer nada, mas por causa de inbox com ameaças, aquela ideia de ‘cuidado por onde você anda’, e tal, e apesar de cuidar muito bem da minha segurança, eu temo pela minha vida, é claro”, introduziu, relatando ter sido intimidado.
Em seguida, o cantor e pastor pontuou que a seu ver, suas críticas não poderiam ser entendidas como pessoais a Isadora Pompeo, apesar de toda a repercussão demonstrar que a maioria das pessoas entendeu diferente: “Eu não critiquei a pessoa que canta. Eu critiquei, numa mensagem minha, a música. Fui criado [com uma compreensão] de que compositores de música evangélica são evangélicos, e compositores de músicas católicas são católicos. Nunca foi misturado”.
“Me colocar contra os católicos agora é burrice, porque todo mundo sabe o amor que tenho pelos católicos. E isso não é de hoje. Você que não é do nordeste sabe que a maioria da população nordestina é católica. E aqui, sem os católicos, você não faz quase nada. Então, nem me coloque contra os católicos que isso não vai colar”, acrescentou.
O terceiro ponto foi uma queixa sobre as acusações de envolvimento em escândalos sexuais [veja aqui], que foram envolvidas na repercussão sobre sua declaração crítica à música interpretada por Isadora Pompeo: “Tentar ressuscitar coisas que eu venci na Justiça […] você não vai conseguir, porque eu venci essa”.
Ao final, Samuel Mariano se desculpou pelo episódio: “Me perdoem, gente. Na quentura do altar a gente acaba falando algumas coisas que talvez não deveria falar. Porém, em quero me dirigir a uma pessoa, à irmã Isadora Pompeo, quero fazer um pedido de perdão publicamente: se eu a feri – que eu acho muito difícil que isso tenha lhe incomodado, mas se incomodou, feriu – deixo aqui meu pedido de perdão, eu não sou melhor do que absolutamente ninguém”.
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