A oposição maciça da maioria dos brasileiros à ideologia de gênero começa a movimentar os políticos brasileiros para conter a doutrinação nas escolas. O governador de São Paulo, João Doria (PSDB) mandou recolher livros para evitar que alunos fossem manipulados nesse tema, e o presidente Jair Bolsonaro (PSL) prepara um projeto de lei para proibi-la nas escolas do país.
“Fomos alertados de um erro inaceitável no material escolar dos alunos do 8º ano da rede estadual. Solicitei ao Secretário de Educação o imediato recolhimento do material e apuração dos responsáveis. Não concordamos e nem aceitamos apologia à ideologia de gênero”, publicou Doria no Twitter, na última terça-feira, 03 de setembro.
O livro em questão trazia um capítulo chamado “Sexo biológico, identidade de gênero e orientação sexual”, que abordava o tema se aprofundando sobre os termos “transgênero”, “homossexual” e “bissexual” e tratava a questão como algo normal: “Podemos dizer que ninguém ‘nasce homem ou mulher’, mas que nos tornamos o que somos ao longo da vida, em razão da constante interação com o meio social”, dizia um trecho do texto em questão.
A pressão feita a partir de denúncias em veículos de imprensa de pequeno porte e redes sociais levou o governador paulista a tomar a decisão rapidamente. O tema volta a ser discutido na grande mídia após os planos do presidente Bolsonaro de apresentar um projeto de lei proibindo a ideologia de gênero nas escolas do país virem à tona.
De acordo com informações do jornal O Estado de S. Paulo, o presidente determinou que o Ministério da Educação (MEC) elabore um projeto de lei contra a ideologia de gênero no Ensino Fundamental, que atende jovens de 6 a 14 anos.
Também no Twitter, o presidente destacou que a Advocacia-Geral da União já se manifestou no sentido de que “legislar sobre ideologia de gênero” é uma competência federal. Essa é uma bandeira que Bolsonaro já hasteava antes mesmo de ser eleito para o cargo atual.
O MEC informou que ainda não vai se posicionar sobre o pedido para elaborar o projeto de lei.
Fomos alertados de um erro inaceitável no material escolar dos alunos do 8º ano da rede estadual. Solicitei ao Secretário de Educação o imediato recolhimento do material e apuração dos responsáveis. Não concordamos e nem aceitamos apologia à ideologia de gênero.
— João Doria (@jdoriajr) September 3, 2019
O AGU se manifesta sobre quem compete legislar sobre IDEOLOGIA DE GÊNERO, sendo competência FEDERAL. Determinei ao @MEC_Comunicacao , visando princípio da proteção integral da CRIANÇA, previsto na Constituição, preparar PL que proíba ideologia de gênero no ensino fundamental.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) September 3, 2019