O presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, usou as suas redes sociais nesta terça-feira (22) para lamentar a decisão da Suprema Corte da Colômbia, que aprovou a realização do aborto até a 24ª semana de gestação, o que significa até o sexto mês de gravidez, quando o bebê já está totalmente formado.
“Que Deus olhe pelas vidas inocentes das crianças colombianas, agora sujeitas a serem ceifadas com anuência do Estado no ventre de suas mães até o 6° mês de gestação, sem a menor chance de defesa”, afirmou o presidente da República.
O chefe do Executivo também reafirmou o seu compromisso pela vida intrauterina em todas as suas fases. “No que depender de mim, lutarei até o fim para proteger a vida de nossas crianças!”, declarou.
A legalização do aborto na Colômbia também foi alvo de críticas por parte de outras figuras de destaque no mundo político. A deputada estadual Janaína Paschoal, por exemplo, lembrou que bebês com 24 semanas de gestação já podem viver até fora do útero, quando nascem prematuramente.
“Gente, pelo amor de Deus, uma gestação de 24 semanas não é inicial! Há bebês que nascem com 24 semanas de gestação e sobrevivem! Muito triste ler sobre a decisão prolatada na Colômbia hoje. Se não nos mantivermos BEM atentos, vão querer fazer isso por aqui!”, criticou a parlamentar.
A manifestação do presidente da República surge em um momento crucial para o seu governo, que buscará a reeleição esse ano. Isso porque, pautas conservadoras são a sua principal bandeira de campanha, diferentemente dos outros pré-candidatos, como Sérgio Moro, Luiz Inácio Lula da Silva e Ciro Gomes.
Ao reafirmar o seu compromisso com a luta contra o aborto, Bolsonaro acena para a sua base eleitoral, composta majoritariamente por cristãos, especialmente os evangélicos. Mais cedo, o Gospel Mais noticiou a reação de outras personalidades com a notícia vinda da Colômbia, confira:
Colômbia legaliza o aborto até 24 semanas; cristãos reagem: “Demônios festejando”