O ator Sylvester Stallone falou sobre sua história de vida em um podcast com suas filhas e contou que nasceu de uma gravidez indesejada por sua mãe, que tentou interromper sua gestação diversas vezes.
“Eu cresci em uma família muito ruim, era difícil”, disse Stalone às filhas Sophia e Sistine. O relato feito pelo ator de 78 anos descreveu a relação conturbada que vivia com a própria mãe, que repetidas vezes em sua infância dizia que não o queria e havia tentado aborta-lo diversas vezes.
A entrevista, realizada para o lançamento do documentário SLY, da Netflix, ficou marcada por alguns detalhes que não foram mostrados no filme, porque o ator acreditou que as pessoas não compreenderiam seu ponto de vista.
“Minha mãe dizia: ‘A única razão pela qual você está aqui é porque o gancho não funcionou’ ou ‘Pular aquelas escadas não fez você se perder’”, relembrou, descrevendo alguns métodos de aborto comuns naquela época.
Sylvester Stallone contou às filhas que ouviu da própria mãe que ela o deixaria morrer quando era bebê se tivesse percebido algum problema cognitivo nele: “E ela disse: ‘Sabe, sinceramente, Sylvester… sabe, se realmente houvesse algo errado com seu cérebro, eu definitivamente teria aberto a janela, colocado você no parapeito e deixado você congelar, porque eu estaria lhe fazendo um favor’”.
Quando suas filhas ficaram chocadas com as coisas terríveis que sua mãe lhe disse, ele tentou acalmá-las, explicando que a avó delas havia crescido em uma situação terrivelmente abusiva: “Minha mãe era… ela era uma, ela era uma pessoa problemática. Ela foi colocada em um orfanato, sabe, e um orfanato muito cruel porque seu pai tinha se casado novamente e a nova madrasta a odiava”.
“Acho que minha mãe também era meio rebelde. Então ela foi colocada em um orfanato que — é diferente dos que eles têm hoje. Era, sabe, você é amarrado na cama, você é chicoteado, e você é, ela foi terrivelmente molestada. E eu acho que sua habilidade de demonstrar amor foi corrompida. Ela literalmente não suportava ser abraçada ou tocada de forma alguma. Quer dizer, nem mesmo um abraço”, acrescentou.
Ele também explicou que passou os primeiros quatro a cinco anos de vida em uma pensão temporária, sentindo-se desconectado e sem amor, mas isso se tornou parte de um passado distante.