O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB) foi diagnosticado com câncer no trato digestivo. Caso ele precise se afastar da função, seu substituto à frente da Prefeitura será o vereador evangélico Eduardo Tuma (PSDB), o atual presidente da Câmara Municipal.
Covas foi eleito como vice-prefeito em 2016, na chapa que foi encabeçada por João Doria (PSDB), que posteriormente renunciou ao cargo para disputar, e vencer, o cargo de governador do estado em 2018.
Tuma tem 38 anos, é advogado, doutor em Filosofia do Direito e professor universitário, de acordo com informações da agência Folhapress.
Membro de uma família com amplo histórico na política paulista, ele é sobrinho do ex-senador Romeu Tuma; primo do ex-secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior; e filho de Renato Tuma, ex-secretário de Administração da gestão do ex-prefeito Celso Pitta.
O vereador evangélico chegou à presidência da Câmara Municipal em janeiro deste ano. Membro da Bola de Neve Church, Eduardo Tuma se define, em seu site, como “um defensor da Igreja de Jesus Cristo” em sua atuação na política.
Essa bandeira, por vezes, o coloca na mira da grande mídia, que o rotula como um político que onera os cofres da prefeitura por defender isenções de taxas e tributos a igrejas evangélicas e templos de demais religiões.
“Se houver oportunidade de prever algum tipo de isenção de alguma taxa que a gente entenda ser abusiva relacionada as igrejas eu vou propor, sim”, declarou o vereador à Folha de S. Paulo logo depois de ter sido eleito presidente da Câmara.
Eduardo Tuma e Bruno Covas têm uma relação de proximidade, já que o vereador foi secretário da Casa Civil na prefeitura por sete meses depois que Covas assumiu o mandato definitivamente. Ele só saiu da função após costurar as alianças que garantiram sua eleição na presidência da Câmara Municipal.
Atualmente, o Ministério Público Estadual investiga Eduardo Tuma, que teve seu sigilo bancário e fiscal quebrado pela Justiça para que sua evolução patrimonial seja avaliada. Os promotores suspeitam de enriquecimento ilícito, já que seu patrimônio teria saltado de R$ 89 mil para R$ 2 milhões entre 2012 e 2016.