Um casamento entre dois incrédulos é visto por Deus como casamento, e abençoado por Ele? Essa pergunta foi feita ao pastor John Piper em seu podcast, e a resposta envolve reflexões sobre a realidade, a vida na prática.
Piper, que vem atuando como palestrante nos últimos anos, mantém um podcast com reflexões sobre a jornada de fé cristã e abre espaços para perguntas, às quais se dedica a responder em um contexto amplo.
Sobre a pergunta a respeito da validade do casamento de incrédulos, ele afirmou que considera que Deus os reconhece, mesmo eles não sendo cristãos, mas ponderou que a mesma conclusão não é válida para a união civil de pessoas do mesmo sexo.
“Há várias razões bíblicas para eu achar que os casamentos entre um homem e uma mulher que fazem uma promessa de fidelidade vitalícia um ao outro como marido e esposa são, de fato, casadas. Eles têm casamentos reais – embora não sejam ideais”, introduziu.
“Eles não crêem, não estão conscientemente enraizados nos propósitos de Deus para o casamento e, portanto, são desobedientes, negam a Cristo e ficam aquém. Acho que é assim que devemos falar sobre esses casamentos – não que eles não sejam casamentos”, acrescentou.
Em seguida, ponderou que a união formal entre um homem e uma mulher não cristãos se diferem das uniões homossexuais: “Eu não digo que eles não sejam casados – o que, aliás, eu digo sobre os chamados ‘casamentos’ entre dois homens ou duas mulheres ou uma pessoa e um animal. Isso não é casamento. Não é casamento. Não existe casamento entre duas pessoas do mesmo sexo. Qualquer que seja o nome do mundo a esses relacionamentos, eles não são casamento”, declarou, de maneira contundente.
Romanos 14:23
Citando o texto da carta do apóstolo Paulo à Igreja em Roma, que diz “tudo o que não provém da fé é pecado”, Piper pontuou que esse versículo “não quer dizer que, se algo é pecaminoso, não é real e não deveria acontecer”.
“Por exemplo, no contexto de Romanos 14, o ponto é que comer certas coisas, mesmo coisas inocentes, será pecaminoso se não for feito com fé”, e acrescentou que até mesmo “instituições incrédulas ainda cumprem os propósitos de Deus”, uma vez que a existência dos governos se encaixa nesse contexto.
“Deus ordenou que existissem instituições humanas como o governo. Ele explica em Romanos 13: 1–7 e 1 Pedro 2: 13–17 e ensina que os governos são reais. Eles são governos reais e realizam muitos de seus bons propósitos, mesmo quando o imperador e os governadores são incrédulos”, conceituou o pastor no podcast do ministério Desiring God.