O ator Chris Tucker rejeitou participar de um filme que renderia a ele um cachê superior a US$ 10 milhões porque não aceitava falar palavrões e aparecer fumando maconha. O relato foi feito por um colega de elenco, o rapper Ice Cube.
Os dois contracenaram no filme Sexta-Feira em Apuros, de 1995, e devido ao sucesso que o longa-metragem alcançou à época, uma sequência foi planejada pelo estúdio.
A oferta de cachê para Chris Tucker girava em torno de US$ 10 a US$ 12 milhões, que na cotação atual varia entre R$ 55 e R$ 66 milhões.
A revelação foi feita pelo rapper nas redes sociais, após ser questionado se o colega havia desistido de atuar no papel de “Smokey” na continuação do filme porque “era mal pago”.
“Estávamos prontos para pagar a Chris Tucker US$ 10-12 milhões para fazer Mais Uma Sexta-Feira em Apuros, mas ele nos recusou por motivos religiosos. Ele não queria mais xingar ou fumar maconha na frente das câmeras”, afirmou.
No primeiro filme, Tucker é conhecido justamente por ser um usuário contumaz de maconha, além falar palavrões sem qualquer pudor. Depois disso, ele construiu uma carreira de sucesso nos filmes A Hora do Rush (foto acima), como o personagem Carter, ao lado de Jackie Chan.
“Naquela época, eu tenho que te dizer, uma das razões pelas quais eu não fiz o segundo foi por causa da erva. Porque eu disse, cara, aquele filme virou um fenômeno. Não quero todo mundo fumando maconha – e nunca disse isso às pessoas porque meio que me esqueci, mas foi uma das razões por que não fiz isso. Porque eu disse: ‘Não quero representar todo mundo fumando maconha’”.
Ele acrescentou: “E esse é um dos motivos pelos quais eu disse ‘não’. Eu não queria continuar fazendo esse personagem. Provavelmente foi bom para mim porque me manteve avançando para a próxima fase e para os próximos filmes”, acrescentou o ator.
Em 2018, Tucker falou sobre sua fé cristã, dizendo que orava pelo então presidente Donald Trump: “Espero que ele faça um bom trabalho, porque oro por ele. Espero que ele faça um ótimo trabalho, porque precisamos de um bom presidente. Precisamos que muitas coisas aconteçam em nosso país, a América. Então, espero que amanhã ele acorde e faça a coisa certa”.
“Eu digo um pouco de coisas, mas tento encorajá-lo a fazer a coisa certa. Eu não sou um comediante que persegue as pessoas. Eu quero que você faça a coisa certa. Felizmente, podemos ser amigos um dia e podemos conversar. Eu quero que ele tenha sucesso. Eu quero que ele faça a coisa certa. Essa é toda a minha atitude e, no meu programa, é disso que eu falo”, acrescentou o ator, na entrevista concedida a Piers Morgan.
Em 2014, Tucker disse ao jornal canadense Straight que voltou à comédia stand-up por causa de sua fé: “Ser cristão me ajuda na comédia. Eu tenho que falar sobre outras coisas. Normalmente, a maioria dos quadrinhos fala sobre coisas que são fáceis – talvez xingando ou dizendo algo obsceno. Tenho que cavar mais fundo para encontrar algo que ainda seja engraçado e não atrevido. É mais difícil. Eu gosto do desafio”.
De acordo com informações do portal The Christian Post, Chris Tucker foi criado numa igreja pentecostal e frequentava regularmente os cultos. Na juventude, abandonou a fé depois de se tornar famoso, mas mais tarde se tornou um cristão renascido após se mudar de volta para Atlanta no final dos anos 1990.