O reverendo David Yonggi Cho, condenado por frauda das finanças da Igreja do Evangelho Pleno de Yoido, reconheceu que cometeu os crimes pelos quais deverá cumprir três anos de prisão e pagar uma multa.
Durante as investigações do caso, Cho chegou a alegar que as acusações contra ele eram infundadas. Agora, já condenado, o reverendo aposentado se defende alegando que agiu com a intenção de suprir as necessidades da igreja, segundo informações do Protestante Digital.
“Durante os 56 anos que estive no ministério, visitando muitos lugares, eu vi as necessidades urgentes e as dificuldades econômicas no campo missionário, então ou eu estendia a verificação de antecedentes, sem qualquer tipo de justificação, ou eu aceitava [o negócio que rendeu a condenação]. Eu reconheço o meu erro ao não prosseguir corretamente na forma de usar os fundos da igreja. Meu coração foi mais rápido do que a minha cabeça”, declarou Yonggi Cho.
Sobre o crime de tráfico de influências para beneficiar as empresas de seu filho mais velho, Cho explica que “em nenhum momento coagiu ninguém, porque, no final das contas, tudo pertence à igreja, não há sentido coagir”.
Porém, Yonggi Cho afirmou que suas ações resultaram em benefícios a seu filho: “Eu talvez tenha agido com favoritismo para o meu filho mais velho ao não monitorar a direção [que as coisas estavam tomando]”, e acrescentou: “Nunca tivemos problemas com o Tesouro, tendo cumprido com o pagamento de impostos”.
O juiz responsável pelo caso justificou a condenação do fundador da Igreja do Evangelho Pleno de Yoido alegando que como ele era “a mais alta autoridade da Igreja”, Yonggi Cho “deveria garantir o bem comum” dos fiéis e da própria denominação.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+