O conselho de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) se reuniu em Genebra, na Suiça, nesta segunda-feira, onde Ahmed Shaheed, um “relator especial de direitos humanos no Irã”, entregou um relatório sobre abusos de direitos humanos no Irã e apelou a libertação do pastor Youcef Nadarkhani.
O pastor foi detido na prisão por quase três anos e foi condenado por acusações que Teerã descreveu em termos considerados contraditórios, primeiro como apostasia e outros crimes com base na fé, depois como estupro e extorsão.
Respondendo à apelação de Shaheed, o enviado iraniano de direitos humanos Mohammad Javad Larijani negou que Nadarkhani enfrenta a pena de morte, embora a sentença tenha sido exposta em uma decisão proferida pela mais alta corte do Irã no ano passado.
Segundo a Fox News, Mohammad também ofereceu um novo conjunto de acusações contra o pastor Nadarkhani, incluindo a pregação para jovens sem a permissão dos pais, a conversão de sua casa em uma igreja e ofensas ao Islã.
“Nos últimos 33 anos depois da revolução islâmica, nenhuma pessoa foi condenada à morte, executada ou perseguida por mudar sua religião do Islã”, disse o conselho de direitos humanos. “Centenas de pessoas estão mudando de outras religiões ao Islã. Por que devemos ser tão sensíveis a algumas pessoas a mudarem da religião do Islã?”.
Nos últimos meses, tem havido um crescente clamor internacional para que o Irã liberte Nadarkhani. Na sessão do Conselho, representantes da União Europeia expressaram preocupação com inúmeras violações aos direitos humanos e do caso do pastor em particular. Representantes da Noruega e Alemanha também pediram que o Irã revise o caso de Nadarkhani.
O vice-presidente do Brasil, juntamente com outros funcionários governamentais, está em negociações diretas com Larijani, exigindo que o Irã libere o pastor.
Nadarkhani foi preso há mais de três anos atrás, depois de manifestar preocupação porque seu filho foi forçado a participar de uma aula sobre os ensinamentos do Islã. Ele então foi considerado culpado de apostasia por um tribunal inferior, na província de Gilan.
Foi oferecida ao pastor a oportunidade para negar sua fé cristã e voltar ao islamismo, mas ele recusou. Ele foi condenado à morte e tem sido mantido em cativeiro desde então.
Fonte: Gospel+