Um evento programado para o próximo dia 27, na Coreia do Sul, espera reunir cerca de 2 milhões de cristãos em defesa dos ensinamentos da Bíblia Sagrada. A iniciativa é uma reação ao avanço de um projeto de lei progressista que visa legalizar o “casamento gay” no país.
O reverendo Hyun-bo Son, líder da Igreja Segero, é o responsável pela organização do evento. De acordo com o líder religioso, a reação dos cristãos é vital para a continuidade dos ensinamentos cristãos a respeito de família e sexualidade, tendo em vista os impactos que a aprovação de uma lei antibíblica poderá causar à liberdade religiosa local.
“Não odiamos homossexuais”, disse ele. “Não estamos tentando impor o que eles devem fazer ou não, mas se estas leis relativas ao casamento gay forem aprovadas na Coreia, então a Igreja Cristã não poderá defender àquilo em que acredita e não poderá dizer as coisas que quer dizer.”
O líder religioso, cuja congregação possui 3 mil membros, disse que o crescimento da sua igreja tem sido devido à postura firme em defesa dos valores bíblicos, incluindo a comunhão entre os membros.
Os jovens, segundo o Rev. Son, são um foco especial da atenção da igreja, tendo em vista a difícil cultura atual, onde o progressismo ideológico tem prejudicado a concepção de família e sexualidade. Pensando nisso, eles buscam trabalhar temas atuais em sua comunidade.
“Aos sábados temos um momento especial para os jovens. Convidamos estudiosos conhecidos de toda a Coréia que fazem discursos sobre política internacional, problemas sociais, problemas ambientais e assim por diante”, disse ele, segundo o Christian Post.
“Eles entregam esses discursos para as crianças e depois se sentam e falam sobre isso juntos. Eles têm discussões sobre isso”, acrescentou o religioso.
Mobilização
Para o Rev. Son, o evento do próximo dia 27 será uma grande oportunidade para que as igrejas evangélicas da Coreia do Sul se unam no mesmo propósito, que é defender a verdade bíblica contra o o relativismo moral do meio secular.
Segundo o religioso, ícones da história cristã como o Apóstolo Paulo, Martinho Lutero e João Calvino concordariam com a mobilização dos cristãos contra a agenda progressista, pois “a política e a religião não podem ser separadas” quando lidam com temas que afetam a doutrina da Igreja, como é o caso do “casamento gay”.
“A Igreja faz parte do sistema político que governa a nação. Você não pode dizer que esta parte pertence à igreja e essa parte pertence aos políticos. Quando os políticos fazem uma lei, as igrejas estão sob a lei, por isso são afetadas pela lei”, conclui.