O Afeganistão se tornou o país que mais persegue cristãos no mundo, mas ainda assim o cristianismo continua sendo propagado entre os seus cidadãos. Essa é a avaliação do presidente da Square One World Media, uma empresa que há mais de 70 anos propaga o evangelho missionário pelo mundo.
Shoaib Ebadi, presidente da entidade, acredita que haverá uma explosão no crescimento do número de cristãos no Afeganistão nos próximos anos. Segundo ele, a população tem percebido a diferença na lida com a questão religiosa no país.
“Eles estão ansiosos para ouvir sobre coisas novas porque seu modo de vida que continuou por séculos não trouxe paz ou perdão, e as pessoas não estão prosperando. É sempre luta e vingança”, disse Ebadi.
Segundo o especialista, os afegãos estão “questionando tudo: sua própria fé, seu passado, seu presente, seu futuro”, tendo em vista o contraste da pregação cristã com a do radicalismo islâmico do grupo Talibã, que voltou ao poder no país após a saída desastrosa das Forças Armadas dos Estados Unidos no começo do atual governo Joe Biden, em 2021.
Com a ascensão do Talibã, o Afeganistão passou a ocupar a 1ª colocação na lista mundial de perseguição religiosa da organização Portas Abertas. Segundo a entidade, os cristãos passaram a ser “caçados” pelos extremistas islâmicos. Contudo, Ebadi disse estar vendo uma reação positiva por parte da Igreja, apesar da forte repressão.
“Não sabemos exatamente o que está acontecendo. Mas pela experiência passada, posso dizer que o Senhor está trabalhando. Pessoas novas todos os dias. O que sabemos é que as pessoas estão questionando”, disse ele, segundo informações da FaithWire.
“Há um grande risco em tudo isso, mas um dos canais de TV está convencido de que o cristianismo agora está crescendo mais rápido a partir de uma base muito baixa, reconhecidamente, no Afeganistão”, conclui.