Uma mulher cristã pró-vida que havia sido presa em 6 de dezembro do ano passado, voltou a ser vítima de intolerância religiosa no país onde vive, Inglaterra, por orar em silêncio em frente a uma clínica de aborto. Isto é, sem dizer qualquer palavra audível, mas apenas por se dirigir a Deus em pensamento.
Isabel Vaughan Spruce é diretora do grupo anti-aborto March for Life UK e tem se posicionado contra a morte deliberada de bebês no útero materno. Neste caso, porém, o que chama atenção é a sua prisão ocorrer, mesmo sem que ela tenha dito qualquer palavra em sua oração silenciosa.
“Há apenas três semanas, o tribunal deixou claro que minhas orações silenciosas não eram um crime”, disse ela, lembrando que foi declarada inocente pela Justiça, ainda quanto à primeira acusação.
“E ainda, mais uma vez, fui presa e tratada como uma criminosa por ter exatamente os mesmos pensamentos na minha cabeça, no mesmo local”, protestou a mulher cristã, que segundo informações do Daily Mail foi detida por seis agentes de segurança.
Zona de “proteção”
Na Inglaterra vigora uma lei que proibi a realização de manifestações contra o aborto em determinadas “zonas de proteção”. O objetivo, segundo os defensores da prática, é fazer com que as mulheres que optam pela morte dos seus filhos ainda no útero não se sintam constrangidas ou pressionadas de alguma forma.
Ocorre que é justamente devido a essa proibição que Isabel Vaughan Spruce realiza a sua “manifestação” em absoluto silêncio e sem fazer uso, também, de qualquer cartaz ou objeto antiaborto. O seu ato, portanto, consiste em nada mais do que estar presente próximo à clínica, orando em pensamento.
“Ainda estou tentando entender o fato de que fui detida por pensamentos silenciosos acontecendo na privacidade da minha própria cabeça”, disse ela na outra ocasião em que foi presa. Confira o momento em que Spruce foi abordada pelos policiais pela segunda vez, abaixo: