Durante um discurso proferido na Universidade de Georgetown, em Washington, a Ministra de Fé e Comunidades do Reino Unido, Sayeeda Warsi, afirmou que em algumas partes do mundo, como o Oriente Médio, os cristãos “correm risco de extinção”, devido à violência dirigida a eles.
– Estou preocupada, assim como outros membros da sociedade, com a significativa quantidade de correspondência que recebemos alertando que o berço do cristianismo – partes do mundo onde o cristianismo se propagou primeiro – está vendo uma grande parte da comunidade cristã indo embora e os que restam sendo perseguidos – afirmou Warsi.
– Um em cada dez cristãos vive em situação de minoria e, um grande número de pessoas que vive em situação de minoria em todo o mundo é perseguido. Eles estão sendo vistos como os recém-chegados, estão sendo tratados como ‘o outro’ dentro dessa sociedade, apesar de estarem ali por muitos e muitos séculos – completou a ministra.
Primeira Muçulmana a servir ao governo Britânico, Warsi é Ministra de Fé e Comunidades, cargo que a coloca como uma ministra sênior do Estado no Escritório de Relações Estrangeiras do Reino Unido.
De acordo com o World Watch Monitor, a ministra ressaltou que “os Cristãos no Oriente Médio são vistos como ‘intrusos’ na região onde têm vivido desde o despontar do Cristianismo”. Ela disse ainda que os cristãos “são vistos como ‘forasteiros’ em sociedades que ajudaram a moldar por séculos, e culpados por ofensas ocidentais”.
– Um êxodo em massa está acontecendo, numa escala Bíblica. Em alguns locais há o perigo real de que o Cristianismo seja extinto – completou Warsi.
Sayeeda Warsi exortou ainda líderes políticos a manterem sua palavra garantindo que suas constituições nacionais sejam cumpridas e que as leis internacionais de direitos humanos sejam seguidas.
– Há muito mais a fazer. Há um consenso internacional na forma de uma resolução do conselho de direitos humanos sobre o tratamento das minorias e a tolerância para com outras religiões, mas nós precisamos construir uma vontade política por trás disso. Temos artigos internacionais, que são os mais traduzidos sobre a liberdade de religião, mas eles não estão implementados; logo, não é apenas ter leis, é necessário que os políticos que tenham a vontade política para implementar essas leis – completou a ministra em seu discurso.
Filha de imigrantes Paquistaneses, Warsi nasceu na Inglaterra e foi elevada à Casa dos Lordes em 2007, aos 36 anos, sendo a mais jovem integrante do parlamento na época. Em 2010, o Primeiro Ministro David Cameron a apontou como ministra sem pasta, em 2012 foi nomeada para a pasta de Fé e Comunidades.
Por Dan Martins, para o Gospel+