Em seu primeiro discurso depois das eleições, o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), que foi candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro, fez pesadas críticas ao jornal O Globo, sustentando que a publicação lhe fez “ataque brutal e vil”, manipulando “de forma escandalosa” a opinião pública contra sua candidatura.
Crivella disse que o jornal publicou, ao longo dos três meses de campanha, notícias que procuravam atingir sua imagem, deturpar suas palavras, desconstruir a aliança partidária em torno do PRB e “conduzir a opinião pública para uma posição de rejeição automática” às suas propostas.
Para exemplificar, citou que o jornal noticiou que três candidatos a vereador por sua coligação – Claudinho da Merindiba, Claudinho da Academia e Deco – seriam ligados a criminosos e teriam extensa ficha criminal.Segundo o senador, “era tudo falso” e o jornal foi condenado pela Justiça Eleitoral a publicar desmentidos, mas não teria cumprido a determinação.
Marcelo Crivella acusou ainda o instituto Datafolha de ter publicado, às vésperas da eleição, uma pesquisa cujo resultado destoava dos outros institutos e colocava seus dois adversários em empate técnico (Eduardo Paes e Fernando Gabeira). Observou que “a falsa pesquisa” foi publicada “de modo inédito, com estrondoso alarde, na capa dos jornais, nos noticiários das rádios e nos programas de maior audiência da TV, todos do sistema Globo”.
– Esse caso do Datafolha ultrapassa os limites do bom senso e da lisura e precisa ser investigado por uma Comissão Parlamentar de Inquérito do Congresso Nacional – afirmou.
O senador pediu ao Tribunal Regional Eleitoral que tome providências, pois “nada é mais desalentador que o silêncio dos homens diante dessa odiosa e desavergonhada campanha de injúrias, infâmias, calúnias e insultos promovida pelo jornal” contra sua candidatura.
Fonte: Senado Federal