A luta contra a morte de bebês no ventre materno não se restringe aos púlpitos de igrejas, auditórios e congressos, mas também está nas ruas, entre pessoas que defendem e que são contra o aborto, também chamadas de “pró-vida”.
Foi um grupo pró-vida, por exemplo, que resolveu criar uma campanha visual para ser colocada em ônibus do Canadá, precisamente em Sudbury, cidade da província canadense de Ontário.
A ideia foi colocar na lateral dos ônibus um cartaz com a imagem de um adulto e um bebê, acompanhado da frase “Take my hand, not my life”, que significa literalmente como “Pegue a minha mão, não a minha vida”.
A iniciativa foi do grupo chamado Subdury Right to Life e teve por objetivo provocar a reflexão sobre a real natureza do aborto, que é a morte da vida de outro ser humano em seu estágio mais frágil de desenvolvimento, ainda no útero materno.
Mas a campanha também provocou reações contrárias. Através de uma publicação nas redes sociais, uma pessoa chamada Brittany Taty disse que a campanha pró-vida seria, na verdade, uma “ofensa” contra o direito das mulheres que optam pelo aborto.
“Hoje entrando no ônibus PÚBLICO da cidade me deparei com um anúncio na lateral do ônibus. Alguém pode me explicar como isso é legal? Uma coisa é ter uma opinião, outra completamente diferente é comprar um anúncio para a lateral de um ônibus público da cidade a fim de envergonhar as mulheres (devo acrescentar, mulheres de várias situações, ambientes, origens, etc.) por causa de abortos”, disse a manifestante.
Em um país onde existe liberdade de expressão, é direito de qualquer cidadão usar os seus recursos para fazer publicidade daquilo em que acredita, desde que o conteúdo da campanha não viole qualquer lei em vigor. É o mesmo direito, por exemplo, de quem defende o aborto e utiliza meios próprios para fazer isso.
Para a cidadã que ficou indignada com a campanha pró-vida, no entanto, o cartaz viola a própria Lei de Proteção do Direito da Mulher ao Acesso aos Serviços de Aborto existente no país. No Canadá o aborto é legalizado em qualquer fase da gestação.
“Eu acho que é absolutamente inapropriado e nojento que a cidade tenha permitido que isso acontecesse”, protestou a ativista, segundo informações da Aleteia.
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