Laura Perry mudou seu nome para Jake e tentou esquecer que ela nasceu mulher. Mas um encontro com Deus a fez perceber que ser transgênero era viver fora do propósito que Ele tinha para ela, e sua vida foi transformada.
“No começo foi a melhor coisa de todas. Eu estava em êxtase”, diz Laura Perry, que fez a transição para parecer um homem por meio de cirurgias e tratamentos hormonais, depois se casou com um homem que fez a transição para se parecer com o sexo feminino.
“Comecei a ter pêlos faciais. Começaram a crescer costeletas. Minha voz começou a ficar grave. Até a forma do [meu] corpo começou a mudar um pouco. Em 2009, fiz uma mastectomia dupla e reconstrução do tórax para parecer um homem”, contou ela em uma entrevista ao programa 700 Club Interactive. “Eu pensei que isso era o símbolo de tudo que eu queria”.
No entanto, segundo informações do portal God Reports, anos depois ela começou a perceber que o caminho que ela havia sido encorajada a tomar não a ajudara a encontrar a felicidade que ela buscava.
“O transgenerismo levará à depressão porque não é real”, disse Laura à emissora Black Christian News Network 1. “É uma mentira do inferno. Você não pode mudar seu gênero. Não é biologicamente possível”, acrescentou.
Depois de dar sua vida a Deus e voltar a ser mulher, ela escreveu o livro Transgendered to Transformed (“De transgênero a transformada”, em tradução livre). Nele, Laura conta que sua aventura equivocada no caminho do transgenerismo tem suas raízes em sua infância.
Sua mãe era introvertida e muito entrosada com seu irmão, igualmente introvertido, enquanto a pequena Laura era indisciplinada e atlética. Ela não tinha um bom relacionamento com sua mãe, e concluiu que os meninos eram preferidos em relação às meninas – e ela fantasiava sobre ser um menino.
“Muito cedo na vida, acreditei na mentira de que não era amada como menina”, disse ela. “Tudo na vida foi colocado através desta lente que eu deveria ter sido um menino”, relembrou. Aos 8 anos, ela foi molestada pelo irmão de um amigo, e isso despertou paixões precoces nela. Ela descobriu pornografia e ficou viciada na época do Ensino Médio.
Adolescente, ela dormiu com meninos numa tentativa de ganhar a afeição deles, mas no final eles a desprezaram. Na faculdade, Laura continuou praticando sexo casual até se esgotar. “Não havia mais satisfação alguma nisso”, lamentou Laura.
A essa altura ela começou a lembrar de sua fantasia infantil de querer ser um menino e ouviu falar de um “grupo de apoio transgênero”, e desde o primeiro encontro ela foi encorajada por pessoas entusiasmadas que “se assumir” como transgênero era uma atitude corajosa e a chave para a felicidade. Após dois anos de tratamentos hormonais e cirurgias para remodelar seu corpo em uma forma masculina, ela mudou seu nome legalmente para Jake em sua certidão de nascimento e sua carteira de motorista.
“Eu só queria ser homem e esquecer completamente que eu já tinha nascido mulher. Eu queria apagar a existência de Laura”, disse, acrescentando que percebeu que Jake era falso.
“Em todos os meus momentos de rebelião, eu sabia que Deus era real. Depois da minha cirurgia, percebi que não tinha me feito homem. Eu era legalmente um homem, e eu poderia olhar para a minha licença e dizer que eu era do sexo masculino. Mas eu ainda era a mesma pessoa, só sem seios. Foi devastador para mim porque eu realmente acreditava que me tornaria um homem”, relatou.
Alguns anos depois, sua mãe pediu a ela para criar um site para o estudo da Bíblia. Embora Laura não tivesse interesse na Bíblia, ela decidiu ajudar sua mãe com os detalhes técnicos da Internet da criação do site. “Quando comecei a ler suas anotações, fiquei impressionada. Eu sempre vi a Bíblia como o livro de regras de Deus. Eu nunca tinha visto o caráter ou o coração de Deus. Comecei a ver um Deus amoroso e fiel, não o Deus zangado e crítico que eu sempre havia visto antes”.
Ela começou a ligar para sua mãe diariamente. Quando uma crise aconteceu, sua mãe a encorajou a confiar no Senhor. A compaixão e amabilidade de sua mãe era um contraste gritante com a mãe distante que ela tinha conhecido em sua infância.
“Ela foi transformada de forma tão radical”, lembra Laura. “Foi nesse momento que soube que o Evangelho era verdadeiro. Eu sabia que Cristo estava vivo. Eu sabia que havia um poder transformador porque eu podia ver como minha mãe tinha mudado totalmente. Naquela noite eu orei e pedi ao Senhor em meu coração”.
No início, ela perseguiu a Cristo na intenção de ser “um homem de Deus”: “Eu não poderia enfrentar ser uma mulher. Havia muita dor por causa do que esses caras fizeram e por causa de todas as mentiras que eu acreditei durante toda a minha vida”, disse ela. “Eu senti que era uma coisa vergonhosa ser uma mulher”.
Depois de um mês clamando a Jesus noite após noite, ela teve uma visão do Senhor ajoelhado com Sua mão estendida para ela. A voz suave do Senhor falou ao seu coração: “Laura, você confia em mim?”.
“Naquele momento eu me lembro de pensar ‘se eu pegar a mão d’Ele… Ele está me pedindo para deixar tudo’. Eu sabia que era minha única saída. Eu sabia que nunca teria paz se não fosse. Então eu peguei a mão d’Ele. Afastei-me de toda a minha identidade, do meu parceiro, do meu trabalho, da minha segurança financeira, das mentiras que construíra para mim. Deixei tudo para seguir a Cristo”.
Ela se mudou para casa. Sua mãe mostrou-lhe uma pilha de cartões de todas as mulheres que ela conhecia das reuniões de estudo da Bíblia: “A maioria delas despejou seus corações para mim. Elas me disseram que estavam orando por mim”, contou, revelando que o grupo de estudo levantou US$ 1.600 para ela comprar um novo guarda-roupa.
“Na manhã seguinte, quando apareci no estudo da Bíblia, elas me cercaram com mais amor, alegria e abraços do que eu jamais havia sentido das mulheres em minha vida. Elas ficaram muito felizes em ver suas preces de anos respondidas. Foi nesse momento que me senti amada pelas mulheres e amada como mulher. Foi nesse momento que a transgênero mentiu e eu soube que não era para ser homem”, testemunhou Laura.
“Conheço muitas pessoas transgênero que chegam ao ponto em que percebem que [essa escolha] não é real e que você continua vagando pela vida. Você não tem ideia da vida que Deus tem para você. Você pode mudar sua aparência externa. Você pode mudar seu corpo. Mas, afinal, você é quem Deus criou você para ser”, finalizou.