As ruínas de um templo datado de mais de três mil anos atrás, pertencente a uma civilização que cultuava serpentes, foram descobertas em Salut, no nordeste de Omã, por um grupo de arqueólogos da Universidade de Pisa
A descoberta, realizada pela equipe italiana comandada por Alessandra Avanzini, diretora do Departamento de Ciências Históricas no Mundo Antigo, “pode reescrever a história das populações antigas do Golfo Pérsico”, informa uma nota.
“O templo era protegido por uma fortificação com patamares de tijolos crus e pedra, sobre os quais erguiam-se edifícios monumentais”, explica Avanzini. “Durante as escavações encontramos símbolos de serpentes impressos sobre artesanatos, vasos em cerâmica e utensílios, vasos e lamparinas com alças na forma do réptil”.
Enquanto na iconografia cristã a serpente está associada ao pecado original, à tentação diabólica e ao engano, nessa área, onde se crê que se localizava o mítico paraíso terrestre, o símbolo estava ligado a uma ideologia positiva. “Geralmente associado à água, em particular às nascentes subterrâneas das quais representava o elemento fecundador, era ligado à idéia de fertilidade e saúde”.