Os horrores do aborto vêm sendo reportados de forma cada vez mais detalhada por ex-funcionários de clínicas especializadas em interrupção de gravidezes. Uma comissão do Senado dos EUA ouviu de uma enfermeira na última terça-feira, 11 de fevereiro, um relato apavorante sobre abortos fracassados e bebês jogados no lixo para morrer.
O Comitê Judiciário do Senado norte-americano tem ouvido as partes envolvidas na questão do aborto para debater uma lei anti-infanticídio no país. Caso a Lei de Proteção aos Sobreviventes de Abortos seja aprovada, o mesmo grau de habilidade profissional, cuidado e diligência aplicado aos bebês recém-nascidos deverá ser oferecido aos que sobrevivem ao aborto.
De acordo com o portal Life News, o projeto de lei estabelece consequências criminais para os profissionais que não agirem de acordo com essas determinações.
A enfermeira Jill Stanek, ex-funcionária de uma clínica de aborto, prestou depoimento ao Senado e citou casos que exerceram grande impacto pessoal nela, incluindo a de bebês que foram jogados no lixo para morrer.
Atualmente, Jill é presidente da Campanha Nacional da Lista Susan B. Anthony – uma iniciativa pró-vida – falou sobre alguns casos que presenciou: “Eu não suportava o pensamento daquela criança sofrendo, morrendo sozinha, então eu a balancei pelos 45 minutos que ela ainda viveu. Ele tinha entre 21 e 22 semanas, pesava cerca de meio quilo e tinha o tamanho da minha mão”, disse ela sobre um bebê sobrevivente a um aborto e foi deixado para morrer no lixo do hospital.
Outro caso, no mesmo hospital, foi contado em detalhes horripilantes pela enfermeira, que viu a mãe se desesperar ao notar que o bebê estava vivo. “[Ela] não apenas ficou chocada quando seu filho foi abortado, mas também ficou chocada por ele não parecer ter as deformidades físicas externas que lhe disseram que ele teria. A mãe gritou por alguém para ajudar seu bebê, e minha colega correu para chamar um neonatologista da unidade”, relembrou Jill.
Esse bebê, que não resistiu e morreu cerca de 30 minutos depois, faz parte dos horrores que vêm sendo trazidos à tona. Um artigo recente publicado no site do padre Paulo Ricardo narra a crueldade dos diferentes métodos abortivos e a frieza de um médico abortista que afogou um bebê que resistiu ao procedimento em um balde.
Jill Stanek falou aos senadores com minúcias sobre os procedimentos de aborto induzido, em que os médicos tentam “fazer com que o colo do útero da mãe grávida se abra para que ela dê à luz prematuramente ao bebê, que morre durante o processo de nascimento ou logo depois”.
Outro depoente ao Comitê Judiciário, Dr. Robin Pierucci, médico neonatologista com décadas de experiência, afirmou que o primeiro diagnóstico de um recém-nascido é sempre se trata de um ser humano. “Todos os outros diagnósticos (prematuridade, dificuldade respiratória, sepse etc.) são secundários e nunca negam o primeiro. Por causa de seu diagnóstico preeminente (bebê humano), sempre somos obrigados a cuidar, independente do fato se temos ou não a capacidade de curar”.
Pierucci salientou também que os médicos deveriam aplicar o padrão médico de atendimento a todo ser humano: “Não há razão ética para que esse padrão de atendimento médico deva ser abandonado para um subgrupo de pessoas, porque elas podem ser menos ‘desejadas’ do que outras; o desejo não determina a humanidade”.
”Nós também nunca devemos permitir que um bebê, especialmente um bebê, morra em qualquer lugar, exceto no calor de nossos braços, aninhado firmemente em nossos corações”, acrescentou o médico.
Patrina Mosley, diretora de Vida, Cultura e Advocacia da Mulher no Conselho de Pesquisa da Família, também foi ouvida e disse que a Lei de Proteção de Bebês Nascidos Vivos de 2002 só reconheceu que todos os bebês nascidos vivos são pessoas, mas não estabeleceu nenhuma proteção aos bebês que nascem de um procedimento de aborto fracassado.
Para a ativista pró-vida, faltou um “estatuto criminal federal contra a morte de bebês nascidos vivos”, já que entre 2003 e 2014 pelo menos 143 bebês nasceram vivos e morreram após abortos fracassados. Os números fazem parte dos dados oficiais fornecidos pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).
O CDC admite que esse número é “quase certamente subestimado”, devido a uma falta de padronização nos relatórios estaduais. O órgão acrescenta ainda que alguns dos bebês nascidos de abortos fracassados morreram poucos minutos após o nascimento; outros viveram mais de um dia.
Patrina se dedicou a enumerar estatísticas e finalizou seu depoimento relatando casos de bebês prematuros que viveram plenamente “simplesmente por receberem cuidados adequados”. Um dos bebês citados foi recentemente apresentado pelo presidente Donald Trump no pronunciamento do Estado da União: “Ellie nasceu com apenas 21 semanas e seis dias. Ela é um dos bebês mais jovens a sobreviver nos Estados Unidos. Hoje, Ellie é uma menina saudável de 2 anos de idade ”, finalizou.