Guilherme Boulos, pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, está ciente de que para ter chances de vencer as eleições municipais deste ano vai precisar obter o apoio da comunidade evangélica. Para isso, o candidato do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) vem tentando se aproximar dos pastores paulistas.
A estratégia, conforme o GospelMais já havia adiantado em matérias anteriores, passa por evitar as pautas morais que são sensíveis para os evangélicos, bem como buscar aproximação com pequenas denominações, em vez das maiores, especialmente nas regiões periféricas.
Segundo informações da CNN Brasil, o socialista planejou uma reunião com até 100 líderes evangélicos para o último dia 29, todos de congregações pequenas. A ideia do pré-candidato, ainda segundo o jornal, é se apresentar como um cristão devoto da Igreja Católica ortodoxa.
“Interlocutores disseram que ele se apresentará como ‘um homem de família’, ‘uma pessoa de fé’ e com ‘profundo respeito à religiosidade’, sem abrir mão da defesa de um estado laico”, informa o jornal.
A resistência a Boulos, contudo, será difícil de superar. Apoiado pelo pré-candidato, o Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST) causou polêmica no mês passado, quando publicou uma imagem ofensiva à fé cristã em plena Sexta-Feira Santa.
A publicação continha uma imagem representando Jesus Cristo crucificado, com a frase “bandido bom é bandido morto“. Após a forte repercussão negativa, o MTST apagou a publicação, alegando também que seu objetivo não foi atacar os cristãos.
Para a Secretária da Mulher do governo paulista, Sonaira Fernandes, os esforços de Boulos para atrair os evangélicos deve ser visto com desconfiança.
“Um candidato que advoga pelo aborto, descriminalização das drogas, desencarceramento em massa e políticas penais brandas dificilmente deixará de apoiar pautas impopulares da esquerda radical, caso seja eleito”, alerta a evangélica.