Um debate político pela disputa à Prefeitura de São Paulo, realizado na manhã desta quarta-feira (14) e promovido pelo Estadão em parceria com o Portal Terra e com a Fundação Armando Alvares Penteado (Faap), repercutiu fortemente nas redes sociais após os candidatos Pablo Marçal (PRTB) e Guilherme Boulos (PSOL) quase “saírem no tapa”.
Marçal, famoso como influenciador cristão e “coach messiânico” que fez fortuna ensinando técnicas de prosperidade aos seguidores, provocou Boulos ao reagir à acusação de que seria um mentiroso “compulsivo”, após ter sido comparado ao Padre Kelmon, candidato à presidência da República em 2022.
“Se eu sou o Padre Kelmon, eu vou exorcizar o demônio com a carteira de trabalho. Nunca trabalhou, um grande vagabundo nessa eleição. Aceito, sim, exorcizar. Você nunca vai ser prefeito de São Paulo enquanto tiver homem aqui nessa cidade”, disse Marçal em resposta a Boulos.
Em um dos vídeos do debate que circula nas redes sociais é possível ver que o candidato socialista ficou irritado ao ser confrontado com a carteira de trabalho, chegando a tentar retirar o documento das mãos de Marçal, mas sem sucesso.
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Figura polêmica
Disputando o cargo de prefeito da cidade de São Paulo, Pablo Marçal tenta a carreira política após se envolver em polêmicas com figuras como o pastor Silas Malafaia, mas por discussões no campo teológico.
Na seara teológica, Marçal também foi criticado por líderes renomados como o pastor Renato Vargens. “A capacidade dos coaches de ensinarem um evangelho diferente da Bíblia é impressionante. Pelo amor de Deus, entendam de uma vez por todas que o evangelho não se resume a riquezas ou dinheiro”, disse o religioso em certa ocasião.
Politicamente, por outro lado, Marçal parece estar conquistando o apoio de cristãos conservadores ligados ao bolsonarismo, tendo em vista o seu crescimento numérico, segundo levantamento do Datafolha noticiados pelo jornalista Ricardo Noblat esta semana. Saiba mais:
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