Um pronunciamento feito na última terça-feira, 23 de maio, pelo Estado Islâmico, deu rosto ao autor do atentado terrorista na cidade de Manchester, Inglaterra, durante o show da cantora pop Ariana Grande.
O grupo extremista muçulmano afirmou que o homem-bomba era um dos seus “soldados do califado”. A explosão matou 22 pessoas, fez 59 feridos e ligou o alerta em todo o mundo ocidental.
De acordo com informações do portal português Jornal de Notícias, o Estado Islâmico fez um comunicado através da agência de informação Al Amaq e também através de uma mensagem no aplicativo Telegram. Em Israel, a imprensa do país afirma que o Estado Islâmico difundiu um vídeo na internet onde se pode ouvir a frase: “isto é apenas o começo”.
A maioria dos mortos no atentado eram jovens e adolescentes, público-alvo do trabalho da cantora norte-americana Ariana Grande. A explosão ocorreu por volta das 22h33, horário em que as primeiras ligações foram feitas para o serviço de emergência, solicitando ambulâncias.
Terror
Detalhes do momento da explosão foram relatados por uma sobrevivente do atentado. Ela disse ter visto “pele, sangue e fezes” por todos os lados, próximo ao ponto da explosão. No post, a jovem escocesa Abby Mullen publicou fotos de seu cabelo, bolsa, roupa e sapatos sujos de sangue e de outros vestígios humanos.
“Para sair do show de Ariana Grande, em Manchester, achei que levariamos segundos, antes que a última música terminasse, para irmos para casa rápido em vez de passar por uma longa espera por táxi. Quando estávamos saindo, uma bomba ou explosão ocorreu a alguns metros em minha frente. Pele, sangue e fezes humanas estavam por toda a parte, incluindo meu cabelo e minha bolsa. Ainda estou encontrando pedaços de sabe Deus o quê estão no meu cabelo. Eu estou bem e de volta ao hotel e espero que todos os envolvidos e próximos a mim estejam bem”, dizia trecho do relato publicado pela vítima.
A organização do show foi acusada de não prevenir o atentado, já que as revistas não foram feitas: “Quase não houve checagem de segurança. Eu diria zero. Eles nos deixaram entrar sem olhar se levávamos qualquer coisa. A única pergunta que fizeram foi se estávamos com garrafas de água. Não deram uma olhada nas bolsas”, contou outra sobrevivente, em entrevista à agência de notícias Associated Press.