Com a popularização dos jogos de apostas online no Brasil, também conhecidos como “bets”, autoridades públicas e até líderes religiosos passaram a se preocupar com os efeitos dessa prática sobre a população, algo que motivou uma pesquisa feita pelo Instituto Datafolha.
Segundo o levantamento, 66% dos evangélicos são contrários à legalização dos jogos online no Brasil, enquanto os católicos representam 63% da população pesquisada. Considerando a população em geral, 65% são contrários à legalização das apostas online.
Com um número cada vez maior de pessoas adeptas das apostas online, em boa parte, devido ao fácil acesso à plataformas como o “jogo do tigrinho”, o envolvimento de cristãos com essa prática também tem preocupado pastores.
Para enfrentar essa realidade, o pastor Daniel Guanaes, da Igreja Presbiteriana do Recreio, no Rio de Janeiro, acredita que as congregações podem se unir em prol da conscientização dos fiéis.
“A igreja pode se tornar um espaço dentro de seu ecossistema para mostrar às pessoas como essas atividades geram vício e dependência, e os danos que isso causa aos relacionamentos, à saúde financeira e à segurança”, disse ele, segundo a Revista Comunhão.
Consequências
Além da dependência psicológica das apostas online, Guanaes explicou que o vício em jogos também causa impactos em cadeia, por exemplo, afetando até mesmo a segurança da família do dependente.
“Quem não tem dinheiro e acaba pegando emprestado para apostar pode acabar sendo ameaçado. Existem desdobramentos muito graves”, disse o pastor.
No Congresso Nacional, parlamentares evangélicos também têm se mobilizado para combater o avanço das bets no Brasil. Nomes como Marco Feliciano, deputado federal e pastor da Assembleia de Deus, já se posicionaram de forma contrária a essa prática que já afeta até mesmo beneficiários do bolsa família.
“Estão gastando parte do benefício concedido pelo governo com jogos, tirando parte importante da alimentação dos filhos para engordar casas de apostas”, disse ele em, conforme notícia do GospelMais. Confira:
Feliciano lamenta vício de beneficiários do Bolsa-Família nas ‘bets’: ‘Flagelo’