A Bancada Evangélica do Congresso Nacional está irredutível quanto ao seu posicionamento a respeito da legalização do cassino online no Brasil. Para os membros do grupo, a medida não trará maiores benefícios ao país, mas sim prejuízos à sociedade.
Na última terça-feira, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), se reuniu com representantes da Bancada, a fim de tentar encontrar um consenso sobre o tema, mas sem sucesso.
Em nome do grupo, o deputado federal Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ) deixou claro que a frente evangélica não concorda com a proposta do cassino online, preferindo manter as regras atuais do campo físico, também no virtual.
“A gente não pode liberar algo online que a lei proíbe fisicamente, que são os bingos e cassinos. Há uma discussão que precede. Não acho que tenha tempo de fazer esse ano. Está muito em cima”, disse Sóstenes, segundo a CNN Brasil.
Como droga
Em setembro desse ano, o presidente da Bancada Evangélica, Silas Câmara (Republicanos-AM), já havia comentado sobre o tema e reiterado a posição do grupo, explicando que o posicionamento contrário se deve ao entendimento de que jogos de apostas são como “drogas”.
Ou seja, assim como os evangélicos são contra a legalização da maconha e outros entorpecentes, o cassino online, os jogos de apostas, também produzem efeitos destrutivos decorrentes do vício na prática.
Questionado sobre a posição contrária do grupo, Silas respondeu: “O motivo é muito simples: é porque é jogo. Todo jogo a gente é contra. Nós não apoiamos jogos sob hipótese nenhuma. Jogo para a gente é a mesma coisa que droga. É sinônimo de vício e de desgraça para a família brasileira.”
Na mesma ocasião, segundo o jornal Folha de S. Paulo, o presidente da Bancada enfatizou que “a chance de qualquer mudança” no sentido de favorecer a legalização do cassino online “é zero.”