Um tratado de paz, chamado de Acordo de Abraão, foi selado na última quinta-feira, 13 de agosto, entre Israel, Emirados Árabes Unidos e Estados Unidos. O entendimento deverá selar um novo paradigma de negociação entre os países árabes e os israelenses.
A consolidação do acordo se deu após extensas conversas entre os três países, que teve um desenrolar mais acelerado nas última semanas. Através de uma ligação telefônica entre Benjamin Netanyahu, o xeque Mohammed Bin Zayed e o presidente Donald Trump, o tratado foi concluído de forma exitosa.
Segundo informações da CNN Brasil, Trump definiu que o Acordo de Abraão será a “normalização total das relações” entre as duas nações do Oriente Médio. Um dos pontos que vêm sendo apontados como delicados é o compromisso de Israel de suspender a anexação de áreas da Cisjordânia ao seu território.
No Twitter, o presidente norte-americano celebrou o “acordo histórico” entre Israel e Emirados Árabes: “Enorme avanço hoje! Acordo de paz histórico entre nossos dois grandes amigos, Israel e Emirados Árabes Unidos”, escreveu Trump em sua conta na rede social.
Os dois países agora estabelecerão embaixadas e indicarão embaixadores, iniciando “a cooperação em todos os âmbitos”, disse ainda o presidente dos Estados Unidos, que tinha como promessa de campanha em 2016 se empenhar na costura de um tratado de paz na região, e declarou que espera que o Acordo de Abraão seja seguido por outros países árabes: “Já estamos discutindo isso com outras nações”.
O presidente norte-americano acrescentou ainda que “a diplomacia pacífica reunirão dois dos sócios regionais mais confiáveis e capazes dos EUA”, e que os Emirados Árabes unirão esforços junto com Israel e a Casa Branca com o propósito de lançar uma agenda estratégica para o Oriente Médio envolvendo cooperação diplomática, comercial e de segurança.
As autoridades envolvidas lembraram ainda que esse é o primeiro pacto mais abrangente desde que Israel e Jordânia assinaram um tratado de paz em 1994.
Benjamin Netanyahu também usou o Twitter para celebrar o acordo e citou Trump, reiterando o que foi dito pelo presidente dos EUA, de que se trata de “um dia histórico”.
O embaixador dos Emirados Árabes nos EUA, Yousef Al Otaiba, divulgou uma nota classificando o Acordo de Abraão como uma “vitória para a diplomacia e a região”: “É um avanço significativo nas relações árabes-israelenses, que reduz as tensões e dá energia para uma mudança significativa”.
O presidente Jair Bolsonaro usou seu Twitter para elogiar os esforços das autoridades na costura de um tratado de paz: “Parabenizo o presidente Donald Trump, o Primeiro-Ministro Netanyahu e o Príncipe Mohamed Bin Zayed pelo histórico acordo que normaliza as relações entre Israel e Emirados Árabes Unidos. Dessa forma, abre-se o sonhado caminho para a paz e prosperidade no Oriente Médio”, comentou o mandatário, que promoveu, por parte do Brasil, uma reaproximação com os Estados Unidos e com Israel, e vem aprofundando as relações comerciais com países de todo o Oriente Médio.
– Parabenizo o Presidente @realDonaldTrump , o Primeiro-Ministro @netanyahu e o Príncipe @MohamedBinZayed , pelo histórico acordo que normaliza as relações entre Israel e Emirados Árabes Unidos.
– Dessa forma, abre-se o sonhado caminho para a paz e prosperidade no Oriente Médio. pic.twitter.com/Qgg1rMBDE4
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) August 13, 2020
HUGE breakthrough today! Historic Peace Agreement between our two GREAT friends, Israel and the United Arab Emirates!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) August 13, 2020