O diretor executivo do Conselho Nacional Evangélico (Conep), pastor Victor Arroyo, qualificou como um ato de justiça a sentença proferida pela Corte Suprema do Peru, condenando o ex-presidente peruano Alberto Fujimori a 25 anos prisão, por delitos de violação aos direitos humanos.
Arroyo disse que o processo contra Fujimori foi impecável e demonstrou que existem instituições sólidas no país, como o Poder Judiciário. Esse fato recupera a confiança nessa instituição, para que também outras vítimas de violações de direitos humanos alcancem justiça.
O diretor nacional da Associação Paz e Esperança, Germán Vargas Farias, agradeceu a Deus pela justiça alcançada, produto da luta das vítimas e de seus familiares. Foi uma mensagem para que os abusos não fiquem impunes e para que nenhuma pessoa mais que tenha poder possa atentar contra a vida humana, disse. Não se trata de vinganças, mas de justiça, definiu Farias.
Fujimori governou o Peru de 1990 a 2000. Ele foi considerado culpado pelos crimes ocorridos em Barrios Altos, em novembro de 1991, e os verificados na Universidade de La Cantuta, em julho de 1992.
Também foi condenado pelo seqüestro e tortura do empresário Samuel Dyer e do jornalista Gustavo Gorriti, em abril de 1992. No dia 5 daquele mês, Fujimori fechou o Congresso Nacional e iniciou perseguições a líderes políticos, entre eles o atual presidente da República, Alan García.
Fujimori, 70 anos, cumprirá pena até 10 de fevereiro de 2032. A sentença ressalvou que as vítimas dos assassinatos de Barrios Altos e La Cantuta não tinham vínculos com o grupo terrorista Sendero Luminoso, como argumentou a defesa do ex-presidente.
O processo, que levou 15 meses, teve 160 audiências, com mais de 80 testemunhas. Foram apresentados mais de 600 documentos. Em maio, Fujimori enfrentará a Justiça mais uma vez, acusado que é de enriquecimento ilícito.
Fonte: ALC / Gospel+