As bancadas evangélica e sindicalista têm, no Congresso, menos parlamentares que tinham na legislatura passada. Já ruralistas e empresários aumentaram a representatividade, mostra o livro “O que esperar do novo Congresso – perfil e agenda da legislatura 2007/2011”, lançado na quarta-feira, 16, em Brasília.
O livro reproduz estudo do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) e do sítio Congresso em Foco. A Câmara dos Deputados têm 513 cadeiras e o Senado 81 assentos. A pesquisa avaliou, contudo, os 532 deputados e 86 senadores, entre titulares e suplentes, que exerceram o mandato nos três primeiros meses desta legislatura.
A bancada evangélica conta com 41 deputados, 8% do total da Câmara, e apenas dois senadores. O envolvimento de parlamentares evangélicos no escândalo da máfia das ambulâncias, no ano passado, influiu no voto do eleitor brasileiro. Na legislatura passada a bancada evangélica tinha mais de 60 parlamentares.
A bancada sindicalista perdeu 11 congressistas nesta legislatura comparada com a anterior, passando de 74 para 63 parlamentares, dos quais 47 foram eleitos pelo Partido dos Trabalhadores (PT).
A maior bancada suprapartidária na atual legislatura é a dos empresários: são 190 deputados e 29 senadores – 35% do Congresso Nacional. A pesquisa considerou empresários os que são sócios de empresas ou exercem atividade urbana ou rural.
Também a bancada ruralista engordou o número de integrantes nesta legislatura, 120, comparada com a anterior, 111, o que representa 19,5% dos deputados e senadores.
O livro, relata o repórter Lucas Ferras, do sítio Congresso em Foco, também aponta a baixa representatividade de mulheres e negros no Congresso Nacional. A participação feminina no Parlamento é de 9% e a de afro-descendente de apenas 2,5%. Na atual legislatura, o Congresso não tem nenhum representante indígena.
Fonte: ALC