O presidente Jair Bolsonaro terá pela frente, mais precisamente em julho desse ano, a enorme responsabilidade de indicar mais um ministro para o Supremo Tribunal Federal (STF), como fez em 2020 ao colocar na Corte o atual ministro Kassio Nunes Marques.
Diferentemente do que fez ao indicar Kassio Nunes, quando foi duramente criticado por aliados ao não sugerir um nome claramente conservador e cristão, dessa vez o presidente da República se comprometeu em colocar no STF um ministro “terrivelmente evangélico”.
“Muitos tentam nos deixar de lado dizendo que o estado é laico. O estado é laico, mas nós somos cristãos. Ou para plagiar a minha querida Damares [Alves, ministra]: Nós somos terrivelmente cristãos. E esse espírito deve estar presente em todos os poderes. Por isso, o meu compromisso: poderei indicar dois ministros para o Supremo Tribunal Federal [STF]. Um deles será terrivelmente evangélico”, declarou o presidente em 2019, segundo o G1.
Entre os mais cotados estão o atual ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, que é pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil, com mestrado e doutorado na Universidade de Salamanca, na Espanha e pós-graduado em Direito Público pela Universidade de Brasília.
William Douglas Resinente dos Santos, que é juiz federal da 4ª Vara Federal de Niterói, no Rio de Janeiro, e possui longa trajetória de atuação no campo social, sendo professor universitário, pós-graduado em Políticas Públicas e Governo e mestre em Estado e Cidadania, autor de mais de 50 livros.
E Humberto Martins, atual presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e corregedor nacional de Justiça, ex-procurador e promotor de Justiça de Alagoas, onde também lecionou na Universidade Federal do estado.
Dos três nomes possíveis, o ministro André Mendonça possui destaque natural pelo cargo que ocupa, a frente da Justiça e Segurança Pública, onde vem desempenhando um trabalho que já foi elogiado pelo próprio Bolsonaro.
O filho do presidente, Eduardo Bolsonaro, também já destacou a função religiosa de Mendonça, como pastor, o que corrobora com a promessa do chefe do Executivo em colocar alguém “terrivelmente evangélico” no STF.
Ao defender das críticas da oposição os ministros religiosos no governo federal, Eduardo comentou: “Fizeram alguma conduta descrita como criminosa no código penal? Não. O que fizeram? São pastores com lugar de destaque na sociedade e isso mais do que irrita muita gente”.
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