A luta contra o aborto é um desafio que une cristãos e conservadores dos mais diversos países. Ocorrida nos Estados Unidos há anos, a Marcha Pela Vida, considerado o meio evento anti-aborto do planeta, dessa vez também contou com a presença de deputados do Brasil, este ano.
O evento ocorreu no último dia 20 na capital americana, Washington. O lema desse ano lembrou que os Estados Unidos conseguiram derrubar a lei conhecida como Roe vs Wade, que estava em vigor no país há quase 50 anos, permitindo a realização do aborto de forma ampla e quase irrestrita.
“Próximos passos: marchando para uma América pós-Roe”, dizia o lema desse ano. “A Marcha pela Vida é uma manifestação inspiradora, pacífica, vibrante e cheia de alegria de mulheres, homens, jovens e crianças de todo o país”, informou o site oficial do evento anti-aborto.
Apoio brasileiro
Estiveram na Marcha Pela Vida dos Estados Unidos parlamentares brasileiros como Carla Zambelli (PSL-SP) e o senador Eduardo Girão (Podemos-CE). Por meio das redes sociais, eles defenderam a visão anti-aborto, ressaltando a importância de um evento dessa magnitude aos olhos do mundo.
Girão disse que participa da Marcha “há mais de 10 anos, mesmo antes de ser político”, indicando que participou de tratativas sobre o tema enquanto esteve nos EUA. “Honra e alegria ter compartilhado um pouco da experiência de nosso movimento pró-vida no Brasil que hoje é símbolo internacional”, declarou.
No Brasil, políticas anti-aborto vinham ganhando força na gestão do então presidente Jair Messias Bolsonaro, como o avanço da proposta do Estatuto do Nascituro e a inclusão do país numa aliança internacional contra o aborto, também chamada de Acordo de Genebra.
Com o novo governo Lula, já nos primeiros dias da sua gestão o país retrocedeu, saindo da aliança internacional, o que gerou críticas até mesmo da Confederação dos Bispos Católicos do Brasil, a CNBB, tida pelos críticos como alinhada às pautas da esquerda política nacional.
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