Se você é alguém que acompanha com atenção os sucessos literários mais recentes, assim como do cinema, já deve ter ouvido falar da obra “O menino, a Toupeira, a Raposa e o Cavalo”, do artista britânico Charlie Mackesy, um ex-ateu que acabou de ser indicado para o Oscar.
Lançado inicialmente como um livro, “O menino, a Toupeira, a Raposa e o Cavalo” foi adaptado para as telas do cinema, após se tornar um sucesso mundial, se tornando a obra mais vendida do Reino Unido em 2020, sendo agora indicado para o Oscar como o melhor curta de animação.
O que muitos não sabem, ainda, é que Charlie Mackesy já foi ateu, mas agora é um cristão convicto. Ele contou ao CBN News que no início da sua carreira, como artista plástico, Deus usou a arte para lhe alcançar através da percepção das coisas belas.
“Jesus silenciosamente me apresentou uma jornada para encontrar pessoas realmente lindas, e foi assim que minha arte realmente começou”, disse ele. “Porque eu senti dentro de mim que ele estava dizendo, ‘olha… quão bonito é esse cara sentado naquele banco?’ E eu nunca teria notado ele antes.”
Evangelismo pela arte
Desde então, após se entregar a Cristo, Mackesy passou a utilizar a arte como uma expressão da sua fé, e isso começou a impactar outras pessoas. O padre anglicano e autor Nicholas Glyn Paul Gumbel, por exemplo, descreveu essa habilidade como um jeito inusitado de evangelizar.
“Charlie apela para pessoas de fora da igreja porque ele não é o que elas esperam”, disse Gumbel. “Você sabe, quando você tem o tipo de imagem do ‘evangelista’, você não imagina Charlie Mackesy, e acho que é isso que é tão maravilhoso nele.”
Sobre como percebe o Evangelho de Cristo, Mackesy contou que lhe chamou atenção o fato dos discípulos de Jesus não terem se enquadrado em um estereótipo de perfeição. Eles foram, segundo o artista, “pessoas que realmente não tinham etiqueta religiosa e provavelmente não seriam tão bem-vindas na igreja.”
“Eu pensei que o cristianismo era: seja limpo, venha à igreja, seja legal, não use a palavra ‘F’, e você será aceito e apreciado porque é isso; é uma meritocracia”, disse ele, explicando que mesmo conscientes da necessidade de santidade, os cristãos também cometem erros.
Por essa razão, diz o ex-ateu, “você é amado. Você é amado como você é. Coberto no que quer que seja, por dentro ou por fora… Deus existe e Ele te ama. Ele conhece você. Você não precisa fingir ser nada.”