O ex-jogador de futebol angolano Arquimedes de Jesus Nganga está processando a Igreja Batista e pedindo uma indenização de cerca de 10 milhões de libras (cerca de R$ 27,6 milhões) à igreja. Nganga, que atuou pela semiamadora Associação Adémia e pelo Mortágua, da 3ª divisão portuguesa, alega que a igreja o tornou um “evangelista fervoroso” e o impediu alcançar o clube inglês e os salários da Premier League.
O ex-atleta abandonou o esporte em 1990, um ano após sua conversão religiosa, porque não conseguia conciliar seu trabalho na igreja com seu trabalho como atleta. Em seu processo ele alega que perdeu a chance de ganhar ao menos 20 mil libras (aproximadamente R$ 55,1 mil) por semana jogando no Manchester United, clube pelo qual ele acredita que poderia ter atuado caso não tivesse interrompido a carreira para se dedicar à religião.
Segundo o jornal London Evening Standard, Nganga afirmou saber que poderia ter tido uma longa carreira na Liga Inglesa e que, ao se comparar com jogadores atuais, percebe que não é inferior e é até melhor que eles.
Ele acusa ainda os líderes da União Batista da Grã-Bretanha de fazê-lo acreditar em “mentiras” e destruir sua vida social, causando “dano psicológico” e abalando suas finanças com pedidos de dízimo. Enquanto atuou pela Adémia, em Portugal, o angolano ganhava cerca de R$ 550 por mês como ajuda de custo.
Mesmo não tendo respondido oficialmente às acusações, a igreja se manifestou através de um porta-voz que afirmou que “contesta vigorosamente” os argumentos do angolano.
Fonte: Gospel+