O pastor e deputado federal Marco Feliciano resolveu entrar na briga eleitoral envolvendo o candidato à Prefeitura paulista Pablo Marçal, que desde o início da sua candidatura vem sendo constantemente criticado pelo também pastor Silas Malafaia.
Em um vídeo divulgado nas redes sociais na última terça-feira (1), Feliciano, que também pertence à Igreja Assembleia de Deus, questionou a motivação das críticas dirigidas a Marçal, argumentando que a eleição paulista não se trata de uma disputa eclesiástica.
“Estou com algumas perguntas entaladas aqui na garganta. Nós vamos eleger um prefeito ou consagrarmos um pastor de igreja aqui em São Paulo?”, perguntou o pastor, sugerindo que discordâncias teológicas não devem ser o principal fator de julgamento para a eleição de um prefeito.
Para Feliciano, a fé de Marçal tem sido questionada e o mesmo vem sendo cobrado por coisas que não lhe competem, como o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Por que cobram um posicionamento sobre impeachment de um ministro do STF de um candidato, mas não cobram o mesmo dos outros candidatos? Falo isso porque só um candidato é cobrado: Pablo Marçal”, disse o pastor.
A publicação de Feliciano é uma reação às críticas de Malafaia, que não foi citado diretamente por ele, mas teve uma das suas falas lembradas. O líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC) costuma dizer “eu sou aliado, mas não sou alienado”, sempre que faz alguma crítica a Bolsonaro, o que foi recordado pelo colega de ministério.
“Eu repito a palavra de um homem muito sábio, que Deus sabe o quanto eu respeito: ‘Eu sou aliado, mas não sou alienado’. Eu sou livre para pensar e apoiar quem o meu coração desejar, e eu espero que me respeitem por isso”, disparou Feliciano.
Malafaia reage
Em outro vídeo publicado também na terça-feira, Silas Malafaia voltou à criticar Marçal, dessa vez por ele ter sugerido que poderia convidar Tabata Amaral, filiada ao Partido Socialista Brasileiro (PSB) e sua adversária na disputa eleitoral, para assumir a Secretaria de Educação de São Paulo, caso vença a disputa pela Prefeitura.
“Tabata para secretária da Educação? Só falta convidar Boulos e José Dirceu para o seu governo. Pablo Marçal passou a campanha toda chamando Tabata e os outros de comunistas. Vai botar uma comunista na Secretaria de Educação?”, questionou o pastor.
Pablo Marçal, por sua vez, disse que o convite só será formalizado caso Tabata deixe o seu atual partido, bem como seu “esquerdismo”. Assista, abaixo, o vídeo divulgado por Feliciano:
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