O filme Coringa, que está em cartaz nos cinemas, tem suscitado muitas polêmicas na grande mídia, com críticas por conta de sua representação perturbadora e violenta sobre a origem do personagem, um dos vilões do universo ficcional da DC Comics.
Um assessor especial do presidente Jair Bolsonaro dedicado a assuntos internacionais, Filipe G. Martins, publicou no Twitter suas impressões do filme após assisti-lo, e traçou paralelos da obra ficcional com a realidade.
“Assisti Joker. É uma demonstração do que a anomia social e o ressentimento esquerdista podem fazer com uma mente perturbada; um retrato desesperador das consequências do mundo sem Deus, sem propósito, sem transcendência e sem redenção que a geração de maio de 1968 tentou criar”, escreveu Martins, citando o marco histórico de intensos movimentos estudantis em diversas partes do mundo.
De fato, o filme dirigido por Todd Phillips explica a transformação do palhaço Arthur Fleck no vilão Coringa apontando a sociedade como culpada. No ápice do filme, o personagem discursa num programa de TV e diz que ele se tornou alguém perturbado por se sentir uma vítima social, ideia que se assemelha a muitos radicalismos cometidos por movimentos de esquerda sob a mesma justificativa.
A ausência de Deus é algo tão evidente que não suscitou muitos debates, mas posteriormente, o assessor do presidente ponderou que o filme tem suas qualidades: “O filme é muito bem feito da perspectiva artística e a atuação do Joaquin Phoenix é genial, mas o desconforto e a agonia que ele causa no telespectador lembram o incômodo e a aflição causados pelos filmes niilistas do Harmony Korine”, opinou.
O ator Joaquin Phoenix tem sido elogiado amplamente por críticos de cinema por sua atuação ímpar no papel, e tem sido cogitado como favorito a vencer o Oscar de Melhor Ator na próxima edição do prêmio, em 2020.
Assisti Joker. É uma demonstração do que a anomia social e o ressentimento esquerdista podem fazer com uma mente perturbada; um retrato desesperador das consequências do mundo sem Deus, sem propósito, sem transcendência e sem redenção que a geração de maio de 1968 tentou criar.
— Filipe G. Martins (@filgmartin) October 6, 2019
Há quem pense que estou criticando o filme. Pelo contrário: é um filmaço, de uma riqueza simbólica digna das grandes obras. Todo mundo deveria assistir.
— Filipe G. Martins (@filgmartin) October 6, 2019