O acesso à pornografia se tornou uma pandemia na geração da internet, com inúmeras pessoas consumindo filmes adultos que, na realidade, destroem a compreensão saudável do sexo, segundo o The Christian Institute.
Segundo um levantamento feito pela entidade, quase metade dos australianos entre 9 a 16 anos, o que significa um público infanto-juvenil, é exposto regularmente à pornografia.
Os dados são impactantes, pois indicam como a geração atual vem tendo a sua percepção do sexo modelada pelos conteúdos adultos que, na prática, são produzidos artificialmente e não traduzem, em nada, a real natureza da vida sexual humana, especialmente no âmbito dos sentimentos e emoções.
“É difícil ver o quanto isso é prejudicial como uma educação cultural”, disse a jornalista Jess Hill, que falou ao Comitê de Referências de Assuntos Jurídicos e Constitucionais da Austrália sobre esse grave problema.
O país, agora, estuda implementar medidas para restringir o acesso aos filmes adultos, assim como adotar mecanismos capazes de alertar sobre os efeitos nocivos da pornografia no cérebro humano.
Segundo Hill, o consumo desse tipo de conteúdo é um incentivo à “agressão, coerção e violência física”, bem como “prejudica uma compreensão saudável do consentimento sexual na sociedade australiana”.
Jovens na mira
Segundo o The Christian Institute., grande parte da preocupação no combate à propagação desenfreada de filmes adultos diz respeito ao público infanto-juvenil.
Segundo a entidade, “isso pode encorajar a sexualização precoce entre os alunos e potencialmente até contribuir para problemas relacionados à cultura do consentimento sexual”, o que significaria o favorecimento da pedofilia.
Vale ressaltar, contudo, que os pais devem monitorar o acesso dos filhos à internet, especialmente quando crianças, sendo eles, adultos, os principais responsáveis pela proteção física, emocional e espiritual dos filhos, assim como pelas orientações corretas sobre os perigos da web.