A pornografia pode ser considerada uma espécie de “droga”, já que muitos que acessam conteúdos adultos admitem serem viciados nesse tipo de material. Apesar de não constar especificamente nos manuais diagnósticos internacionais de doenças, esse é um verdadeiro problema que afeta não apenas o usuário, mas outros que estão ao seu redor.
Com base nisso, um estudo elaborado pelo projeto ‘Conquer Series’, um ministério cristão voltado para o auxílio de pessoas que desejam largar o vício em pornografia em várias partes do mundo, procurou demonstrar o padrão de comportamento das pessoas que buscam conteúdos adultos.
A pesquisa revelou que pelo menos 68% dos homens cristãos, isto é, de todos os segmentos religiosos que se incluem na categoria cristã (evangélicos e católicos, por exemplo), fazem uso da pornografia com frequência, mas principalmente no verão.
“É provável que esses homens estejam sendo expostos a mais gatilhos nos meses de verão. Conforme o tempo esquenta, as pessoas se vestem com roupas de verão”, diz um trecho do relatório, destacando que “para alguém que luta contra a pornografia, isso pode agir como um gatilho subconsciente que os leva a uma espiral descendente para permanecer online e acessar o material pornográfico”.
Gatilhos emocionais no consumo de pornografia
O conceito de “gatilho” é muito abordado nas dependências humanas, como é o caso da dependência química. Como a compulsão pela pornografia também pode ser encarada como um vício, então o mesmo conceito é aplicado nesses casos.
Gatilhos são situações específicas que servem como “disparo” do comportamento viciante. Ou seja, acontecimentos, costumes, palavras ou outras coisas que terminam induzindo a vontade de consumir a “droga”, quer seja ela química ou visual.
“Algumas outras explicações possíveis são de que as pessoas têm mais tempo livre ou estão próximas da família, o que pode gerar gatilhos de infância”, explica o relatório, acrescentando que “há milhares de homens que precisam desesperadamente de responsabilidade e discipulado para poderem responder a esses gatilhos de uma maneira saudável”.
Segundo o pastor Larry Tormey, da Igreja Presbiteriana de Lake Placid, na Florida (EUA), da mesma forma como existe a tentação, há também o escape para ela. Ele citou a passagem de 1 Coríntios 10:13 como fundamento.
Jeremy Wiles, diretor do projeto ‘Conquer Series’, disse que essa batalha é difícil de vencer sozinho. Ele recomenda que igrejas falem mais sobre o assunto e procurem criar ministérios com o objetivo de auxiliar pessoas que desejam vencer esse pecado. Com informações: Guiame.