A corregedoria da Câmara dos Deputados notificou Flordelis (PSD-RJ) sobre a abertura do processo que pode culminar em sua cassação. Agora, ela tem cinco sessões, a contar da que será realizada nesta quinta-feira, 10 de setembro, para apresentar sua defesa.
O deputado federal Paulo Bengtson (PTB-AP), corregedor da Câmara, foi até o apartamento funcional de Flordelis na última quarta-feira, 09 de setembro, para entregar pessoalmente a notificação do processo de investigação por quebra de decoro, já que ela foi acusada de planejar a morte do marido, pastor Anderson do Carmo.
Antes da visita feita pelo corregedor da Câmara, a defesa de Flordelis havia informado que ela iria pessoalmente à Casa para receber a notificação. No entanto, a parlamentar não compareceu, e Bengston foi ao apartamento onde ela fica quando está em Brasília. Se o corregedor não tivesse tido sucesso na tentativa, a notificação seria publicada no Diário Oficial desta quinta e o processo seria iniciado da mesma forma.
Conforme informações do portal Metrópoles, após a apresentação da defesa de Flordelis, a Corregedoria terá até 45 dias para analisar o processo e recomendar ou não a abertura de processo no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. O corregedor declarou, no entanto, que o direito de defesa da deputada será respeitado, mas que o processo será “célere para dar resposta à sociedade”.
Exoneração
Um dos filhos afetivos – que não teve adoção formalizada na Justiça – de Flordelis foi exonerado pela deputada do cargo de secretário parlamentar, função pela qual recebia salário de R$ 15,6 mil. Gerson Conceição de Oliveira estava no cargo desde o início do mandato, em fevereiro de 2019.
Oliveira é um dos investigados pela Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG) em um terceiro inquérito aberto para apurar o envolvimento de outras quatro pessoas no assassinato do pastor Anderson do Carmo.
Atualmente, é ele quem dirige os cultos na igreja fundada por Flordelis com o falecido marido, agora chamada de Comunidade Evangélica Cidade do Fogo, conforme informações do jornal O Globo.
