Grupos pró-vida que lutam contra a prática do aborto ao redor do mundo costumam classificar o montante de gestações interrompidas como um genocídio.
Uma comparação com a doença que está assustando todo o planeta dá a devida dimensão: em 2021, 8,2 milhão de bebês já foram sacrificados, contra 2,6 milhões de mortes por covid-19 em um ano de pandemia.
O portal Wordometers é um painel de estatísticas mundiais que compila dados de fontes oficiais. Abastecido com informações e projeções da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre os abortos ao redor do mundo, a página sobre as interrupções de gestações projeta que, em menos de dois meses e meio deste ano, 8,2 milhões de bebês foram abortados.
Em uma comparação simples, somente em 2021, o número de bebês mortos por aborto é três vezes maior que o número de pessoas mortas pela pandemia do novo coronavírus em todo o planeta: a estatística fornecida pelo Google a partir de dados de diferentes fontes reporta 2.631.694 mortes até a última sexta-feira, 12 de março.
“Os números do Worldometers, por mais chocantes e inacreditáveis que pareçam, guardam coerência com os dados históricos da própria Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo estatísticas da OMS confirmadas pelo Instituto Guttmacher, entre 2015 e 2019 foram realizados em média 73,3 milhões de abortos não espontâneos por ano, ou seja, uma média de 6,1 milhões de abortos por mês”, resumiu o site católico Aleteia, um forte defensor da bandeira pró-vida.
O genocídio fica menos subjetivo quando se avaliam dados do Center for Disease Control (CDC, sigla em inglês para “centro de controle de doenças”) dos Estados Unidos: somente em 2018, as mulheres negras do país realizaram um número de abortos três vezes superior à quantidade praticada por mulheres brancas, embora a população negra forme apenas 12,3% da população norte-americana.