Enquanto o aborto para alguns é reduzido a uma escolha e tratado como medida de saúde pública, na mesma proporção como são tratadas, também, doenças infecciosas, outros enxergam na possibilidade do aborto uma chance de comprovar uma das diferenças mais marcantes entre a espécie humana e animal: a empatia! Foi o que fez uma grávida com câncer ao escolher não abortar o filho, diagnosticado com apenas 1% de chance de sobreviver. Mesmo assim, ela ignorou o risco de morte envolvendo a sua vida para dar ao filho a chance de provar que a ciência nem sempre está certa.
Para Courtney Mitchell e seu marido, decidir pela vida do pequeno Eli não foi um grande conflito, pois ela sempre esteve convicta de que a vida gerada no útero é muito mais do que um conjunto de células, mas sim uma vida humana, por definição, biológica e ética.
“Ser pró-vida sempre foi algo fácil para mim. Fui criada por uma mãe que fazia parte da geração que começou a protestar e orar do lado fora das clínicas de aborto. Quando era adolescente, escrevi cartas a meus senadores para acabar com o aborto. Eu já trabalhei como voluntária em centros de apoio a gestantes em crise”, disse ela ao Life Site News.
Tudo poderia ter mudado quando foi diagnosticada com um câncer na placenta, ao mesmo tempo que seu bebê também foi diagnosticado com uma anomalia; “Eu estava grávida de 20 semanas do meu filho, Eli, quando nós recebemos a notícia. ‘Seu filho não vai conseguir’, nos disse a doutora”, informou Courtney. “Mesmo se ele por algum milagre sobreviver, nascerá com uma síndrome chamada triploide”, acrescentaram os médicos.
Os médicos disseram que Eli tinha 1% de chance de sobreviver e que se conseguisse ficaria com sequelas. Além disso, Courtney estava correndo sério risco de vida devido ao câncer:
“Eu estava com câncer em minha placenta e isto se espalharia pelo meu corpo, chegando ao cérebro, pulmões e fígado enquanto eu estivesse grávida de Eli. Ela recomendou que eu abortasse o meu bebê imediatamente e começasse a quimioterapia, o mais rápido possível”, disse ela, afirmando que parecia não ter mais escolha e que esta seria a decisão mais lógica.
Ela recusou o aborto e ganhou duas vidas
Courtney lembrou dos ensinamentos da sua mãe e a passagem bíblica de Salmo 139:16 veio à sua memória, como está escrito: “Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe; e no teu livro todas estas coisas foram escritas; as quais em continuação foram formadas, quando nem ainda uma delas havia”.
“Eu sabia que o Senhor tinha os dias de Eli escritos em Seu livro da vida. Quem era eu para tentar mudar isso? Meus dias também estavam nesse livro e nada, nem mesmo o câncer ou uma gravidez de alto risco poderia acabar com eles, a menos que o Senhor permitisse”, disse ela.
Ela e o marido, de comum acordo, decidiram seguir com a gestação. Ela também tomou algumas doses extras de esteroides para ajudar no desenvolvimento do filho, segundo recomendação médica. Os médicos ficaram surpresos com o rápido desenvolvimento da criança. Por fim, chegou a hora do parto e Eli nasceu com pouco mais de um quilo, prematuro, mas em perfeito estado. Não só isso, o câncer da mãe também havia desaparecido, para glória de Deus e surpresa de todos:
“Quando a nossa médica entrou na sala de recuperação, ela nos disse: ‘Acho que podemos ter o seu diagnóstico’. Ela disse que eu estava livre do câncer e algumas semanas mais tarde, os testes genéticos de Eli não acusaram qualquer anomalia. Estávamos ambos limpos e curados completamente! Ficamos maravilhados em ver tudo o que o Senhor havia feito”, contou Courtney.