A inglesa Sarah Kuteh não fazia ideia de que seu interesse em falar de Jesus Cristo poderia lhe trazer uma consequência que pudesse lhe deixar desempregada. Trabalhando por 15 anos no Hospital Darent Valley, no Reino Unido, Sarah dedicou boa parte da sua vida ao serviço de saúde como enfermeira assistencial.
Todavia, ela parecia se preocupar com muito mais do que a saúde física dos seus pacientes, e isso terminou com uma demissão por “má conduta”.
Ela foi demitida pelo Serviço Nacional de Saúde (NHS) do Reino Unido, mas está protocolando uma ação no Tribunal do Trabalho onde questiona a decisão. Com a ajuda de advogados cristãos que atuam em defesa da liberdade de expressão através grupo “Christian Legal Center”, Sarah Kuteh pretende demonstrar que sua iniciativa de falar sobre Jesus aos pacientes acontecia penas quando havia liberdade e consentimento dos próprios pacientes.
“Eu tento tranquilizá-los, me baseando na alegria e paz que eu realmente encontrei em Jesus”, disse ela em uma matéria publicada pelo site Charisma News. Sarah atendia em média entre 30 e 40 pacientes e disse ter sofrido “uma punição extremamente desproporcional”, após ser demitida acusada de “má conduta” durante o trabalho como enfermeira no hospital.
“Fui retirada do hospital depois de tudo o que fiz durante todos os meus anos como enfermeira e me disseram que não podia nem falar com nenhum de meus colegas. Tudo o que eu tinha feito era cuidar dos pacientes. Como poderia ser prejudicial dizer a alguém sobre Jesus?”, disse ela.
A diretoria do hospital onde Sarah trabalhava alegou que alguns pacientes apresentaram queixas contra ela, assim como alguns colegas de trabalho. Em abril de 2016, sua chefe havia lhe alertado, dizendo que alguns funcionários registraram queixas de pacientes afirmando que ela estava “discutindo sobre religião”. Ela, por sua vez, disse que falaria apenas quando solicitada. Todavia, não foi suficiente e Sarah foi suspensa alguns dias depois.
Na acusação formal, o hospital não apresentou testemunho de nenhum paciente, mas apenas notas de alguns funcionários que teriam registrado o “desconforto” de alguns. Entre os relatos, havia a doação de uma Bíblia feita por Sarah a um dos pacientes e a promessa de orações durante os cuidados, que o hospital classificou como sendo uma atitude “inadequada” de Sarah.
Por fim, após a demissão por justa causa Sarah foi encaminhada para o Conselho de Enfermagem e Obstetrícia e agora enfrenta um processo por desqualificação. Ela recorreu ao Tribunal do Trabalho e espera provar que sua demissão foi injusta.