O cantor e compositor Guilherme Arantes afirmou em recente entrevista que o melhor rock produzido no Brasil está no meio gospel.
Arantes está comemorando 40 anos de carreira no meio secular e desde a década de 1970 é conhecido como um dos poucos que trafega entre a música popular e a sofisticada, com um som que mistura rock e MPB, tendo entre seus ouvintes os pobres e os ricos.
De acordo com informações do Uol, Arantes entende que atualmente, o rock no Brasil perdeu sua relevância: “O rock é tipicamente engessador e o próprio público, aquele bando de machão de camisa preta e barbichinha é um bando de idiotas. […] Hoje em dia o melhor rock feito no Brasil é gospel. O ‘rockão’ ficou muito reacionário, você vê que muitos roqueiros hoje são de direita. O rock atual perdeu totalmente a força de transgressão”, criticou.
Para Arantes, “o que ficou de melhor” no rock brasileiro dos anos 1980 “foram os gays”, e cita dois ícones do estilo, Renato Russo e Cazuza, como “pessoas que atravessaram o histrionismo machista e reacionário”.
No âmbito da música gospel, o rock nacional atualmente possui vários pequenos atores, bandas sem muita expressão nacional, e alguns com maior representatividade, como Oficina G3, Resgate e Tanlan, por exemplo.
Figuras que são consideradas históricas na difusão do rock nas igrejas, como por exemplo o ex-vocalista do Oficina G3, Luciano Manga, e a banda Katsbarnea (antigamente vinculada à Igreja Renascer), agora já não têm o apelo musical de antes. Manga tornou-se pastor da Igreja Vineyard, e o Katsbarnea agora tenta tocar seus projetos de maneira independente, após inúmeras mudanças de integrantes.