Um cristão que atuou profissionalmente em Hollywood e decidiu abandonar a carreira na indústria do cinema norte-americano vem se dedicando a palestras, onde alerta para as influências negativas que os filmes podem causar.
Scott Mayer, que trabalhou como ator por seis anos e cinegrafista por outros quatro, em pelo menos 20 produções, como o filme “A Bela e a Fera” e o reality show The Biggest Loser, concedeu uma entrevista à Agência Sul-americana de Notícias (ASN) e falou sobre a mídia e também seu testemunho de conversão.
Atualmente, Mayer lidera o ministério Little Lights, que produz documentários sobre temas cristãos. Na entrevista, ele frisou que os pais precisam ter cuidado com os programas que seus filhos assistem: “A mídia é muito impactante, todo mundo já assistiu um filme inspirador. Então, acredito que os filmes podem servir como inspiração positiva. Também existem os que inspiram negativamente. Os filmes são poderosíssimos, eles colocam pensamentos em nossa mente. O problema é: será que estes pensamentos são os mesmos pensamentos que a Bíblia quer colocar em nossa mente?”, questionou.
Seu trabalho, segundo descreve, é propor reflexões: “O que eu tento dizer às pessoas é que quanto mais nós conhecemos a Bíblia, mais próximo será nosso relacionamento com Cristo. Quanto mais entendermos a missão que Deus deu, menos vamos querer assistir ou fazer as coisas que o mundo oferece”, sublinhou.
Sua entrada no mundo profissional do cinema aconteceu através do irmão de uma estrela de Hollywood durante seu período na faculdade, e ele pôde conhecer os bastidores da indústria.
“Eu cresci sendo adventista, frequentei escolas e faculdades adventistas. Quando cheguei na universidade havia um programa de estudos de cinema, em que o irmão do ator Harrison Ford era um dos professores. Aos 19 anos, eu me mudei para Hollywood e não terminei a faculdade, mas mesmo assim eu queria ser um ator e passei cerca de seis anos tentando fazer isso. Eu não tinha conseguido um contrato de ator, então, na época, liguei para o meu irmão e perguntei se ele conseguiria me ajudar com um emprego, e rapidamente consegui um como cinegrafista. Os anos passaram e eu cheguei a ser diretor técnico. Eu vivi quase 10 anos em Hollywood”, relembrou.
Essa década a trabalho proporcionou contato com artistas e outras pessoas que o apresentaram possibilidades que iam contra sua origem: “Eu conheci grandes celebridades, mas, como consequência, algumas influências terríveis começaram a chegar também. Comecei a usar drogas e por aí vai. Já não tinha mais nenhum interesse em Deus. As celebridades, no geral, são pessoas legais, mas hoje, com a visão que tenho, quando olho para trás, vejo que essas pessoas são miseráveis, pois são infelizes, suas vidas são centradas em si mesmas. Por esse motivo é que vemos tantas celebridades nos noticiários, fazendo coisas absurdas ou até se matando. Isso é a falta de Deus em suas vidas, e foi que aconteceu comigo”, lamentou.
“Depois de 10 anos, fui convidado pelo meu irmão a ir ao reencontro de sua turma do Colégio Adventista. Eu não queria ir, pois nessa época não tinha mais nada que me chamava atenção nas coisas de Deus. Eu sabia que se voltasse haveria igreja, oração, louvores e eu não queria mais nada disso. Então, conversei com meu irmão e decidi não ir, mas meu irmão insistiu para que eu fosse. Quando voltei, comecei a refletir sobre minha vida, sobre o que eu estava fazendo e como eu tinha me distanciado tanto de Deus. Comecei a orar pedindo a ajuda de Deus”, relembrou, contextualizando como seu deu sua volta às origens.
Agora, passados alguns anos de sua reconciliação, ele viaja pelo mundo com seu ministério, testemunhando e alertando sobre os males implícitos nos produtos da indústria de cinema: “Na minha mente, eu nunca imaginava começar um ministério. Então, por cerca de um ano, eu viajava aos finais de semana fazendo palestras e voltava para Hollywood para trabalhar na televisão. Finalmente, um dia eu falei com Deus que precisava entregar todo o meu coração a Ele. Faz 10 anos que estou neste ministério”, concluiu.