Um hospital que trata pessoas com sequelas de acidentes vasculares cerebrais (AVC) e outros traumas neurológicos com hinos cristãos chamou atenção da mídia por causa da rápida e significativa evolução dos pacientes.
O idoso James Rodriguez sofreu um AVC e parte de sua recuperação está ligada às sessões de musicoterapia oferecidas pelo Sentara Healthcare, um hospital do estado da Virgínia, nos Estados Unidos. A perda da fala havia sido uma das maiores dificuldades que ele enfrentava após o AVC, e agora, ele já consegue se expressar.
“Nós usamos mais do nosso cérebro quando cantamos a mesma frase. Quando estamos cantando temos ritmo, melodia e emoção. É assim que a música pode ativar as partes desativadas da mente”, explicou terapeuta Tracy Bowdish, em entrevista à emissora Christian Broadcasting Network (CBN).
“Somos capazes de ativar mais áreas do cérebro, redirecionar e criar novas neuro-redes para que possamos contornar a área danificada causada pelo acidente vascular cerebral”, salientou a especialista.
James tem a clássica canção Amazing Grace como uma de suas preferidas, e sua esposa, Sandra, revelou que a musicoterapia com hinos cristãos tem feito toda a diferença na reabilitação do marido: “Ele passou vários anos e não falou uma palavra. Nossa comunicação era quase inexistente”, revelou.
Outro beneficiado com a musicoterapia é Mike Knutson, 96 anos, que mudou completamente de condição após receber a oportunidade de fazer musicoterapia. A iniciativa foi encorajada após os pesquisadores da Universidade de Wisconsin descobrirem melhorias em indicadores de qualidade de vida, memória e humor nos pacientes.
Dana Kugler, que trabalha no abrigo de idosos onde Mike está internado, diz que não se cansa de destacar a mudança pela qual Mike passou desde que começou a musicoterapia: “Ele não falava muito, mas agora está cantando”, comentou. A filha do idoso, Barb, disse que o tratamento mudou a vida de seu pai: “A música realmente faz algo para acordá-lo e ajudá-lo a se envolver mais com o que está acontecendo ao seu redor”.
A chave para a terapia de música para pacientes com demência é ter certeza de escolher a música certa para cada pessoa, dizem especialistas. “A gente se sente como se tivéssemos sido abençoados com toda essa nova experiência”, acrescentou Barb.
Durante a pesquisa descobriu-se que ouvir música desencadeia a dopamina química neurológica, e isso ativa o centro de prazer do cérebro humano. Assista a reportagem (em inglês) da CBN sobre a musicoterapia com hinos: