Uma igreja doméstica foi destruída e muitos cristãos presos e feridos durante um confronto na tarde do dia 29 de julho na província de Zheijang, localizada na vila de Che Lu Wan, cidade de Danshn, distrito de Xiaoshan.
De acordo com relatos de testemunhas feitos à Associação de Ajuda à China Aid Association (CAA, sigla em inglês), a destruição começou às 2 horas da tarde.
A CAA informa que a polícia de choque, militares e funcionários do governo junto com 300 veículos militares chegaram e cercaram o prédio por volta das 13h30, no momento em que dez mil cristãos estavam orando no templo. A igreja estava em construção desde 17 de julho de 2006 e estava quase pronta quando foi destruída.
As testemunhas também informaram que a polícia usou bastões de choque elétrico e escudos para evitar tumulto e para dispersar os milhares de cristãos. Vários cristãos foram vistos sendo agredidos e alguns sendo presos e levados pela polícia enquanto tentavam proteger o templo.
Destruição e abuso
De acordo com uma fonte confiável da igreja, o governo do distrito de Xiaoshan declarou que o prédio estava ilegal, pois tinha sido construído sem permissão do governo, e exigiu que os cristãos o destruíssem voluntariamente. Esse templo estava em um terreno particular adquirido por um casal da igreja. Fontes tanto do governo como da igreja disseram à CAA que o governo local negou por várias vezes o pedido formal feito pelos cristãos para a construção, apesar de eles terem preenchido todos os requisitos.
O jornal “Hangzhou Daily” (porta-voz do Partido Comunista na cidade de Hangzhou) estampou, na edição de 30 de julho, a manchete: “Prédio ilegal é destruído”. No entanto, não mencionou que o prédio era uma igreja.
A CAA informou que, em 2003, uma enorme igreja localizada na cidade de Nanyang, no mesmo distrito, foi demolida e três cristãos de Pequim foram acusados de fornecer informações sigilosas a organizações estrangeiras, sendo sentenciados com penas de um a três anos de cadeia por relatarem a destruição da igreja. Liu Fenggang, que foi condenado a três anos, ainda encontra-se preso.
“A destruição da igreja e o abuso de autoridade dos policiais é totalmente inaceitável”, disse o reverendo Bob Fu, presidente da CAA. “A comunidade internacional deveria responsabilizar o governo de Zhejiang por perseguição religiosa”.
Fonte: Portas Abertas