Com o objetivo de buscar maior integração dos policiais do Projeto Ostensivo Volante (Povo) com as igrejas evangélicas do Paraná, o secretário da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, e o coronel Aramis Linhares Serpa, coordenador do projeto, se reuniram nesta terça-feira (21) com líderes religiosos de Curitiba, no Palácio Iguaçu. Durante a reunião, eles discutiram várias questões sobre a segurança pública no Estado, entre elas, o estreitamento da relação entre policial e cidadão.
“Sabemos que as igrejas, tanto as evangélicas como a católica, reúnem grande número de pessoas e o que nós precisamos fazer é aproximar o policial dessas comunidades”, declarou o secretário, ao afirmar que a religião é fundamental no processo de combate à criminalidade. Segundo ele, não é tarefa fácil lutar contra a grande demanda de crimes e criminosos e a religião é um caminho para retirar as pessoas da criminalidade.
Para o pastor Antonio Moreira, da Igreja Adventista do Sétimo Dia, toda iniciativa de aproximação das entidades governamentais com a comunidade, permite sempre um melhor conhecimento e entendimento de todos os processos e projetos do Estado. “O Projeto Povo é muito importante, porque nos dá maior segurança e nos fornece as condições para, quando tivermos dificuldades, sabermos aonde ir. Não somente nós, pastores, mas também a nossa comunidade”, disse.
O pastor Jaime Hartmann, da Igreja Luterana Livre, também declarou ter saído da reunião “bastante gratificado”. De acordo com ele, pela primeira vez os pastores puderam se reunir com a autoridade máxima de segurança do Estado e dizer o que incomoda e preocupa na sua comunidade. Segundo Hartmann, o Projeto Povo segue a linha moderna de policiamento, que é a polícia próxima da comunidade.
Já o pastor Raimundo Augusto da Silva, da Igreja Assembléia de Deus, falou da importância da ligação direta que o governo do Estado vem proporcionando a todas as comunidades do Paraná, o que ajuda não só no setor da segurança, como em todas as áreas. “Isso nós nunca tivemos antes, havia uma distância, um vácuo, muito grande, pois não tínhamos aproximação com o governo. Hoje, temos diálogo direto, a exemplo do que acontece hoje aqui”, disse, se referindo à reunião com o secretário Delazari.
Projeto Povo – Segundo o coordenador do Projeto Povo, coronel Serpa, o Policiamento Ostensivo Volante está presente nos 75 bairros de Curitiba. De acordo com ele, a essência do trabalho é o policiamento comunitário, ou seja, o policial trabalhar sempre no mesmo bairro, conhecer as pessoas que ali residem e ser conhecido pela comunidade. “Dessa forma, qualquer indivíduo que não é conhecido ou que não reside no bairro, pode ser identificado e fiscalizado. Essa é a filosofia principal do policiamento comunitário: a interação e o conhecimento do policial com a comunidade”, explicou.
Em relação à importância da reunião, ele afirma que a comunidade evangélica está presente em todos os bairros de Curitiba e tem grande público em seus templos. “Com isso, elas poderão nos auxiliar e também levar as nossas orientações de segurança para evitar crimes, denunciando terrenos baldios, casas abandonadas, locais de marginais, enfim medidas de prevenção de segurança pública”, complementou Serpa.
De acordo com o secretário da Segurança Pública, haverá melhor integração e luta mais integrada contra a criminalidade, com o policial estreitando o relacionamento, conhecendo as pessoas e sendo conhecido pela comunidade. “O nosso objetivo é garantir a segurança das pessoas, o bem-estar, a tranqüilidade, e acho que, quando a gente busca este estreitamento através do policiamento comunitário, junto com as igrejas, eu não tenho dúvida que teremos uma melhoria no nível de segurança pública no Paraná”, finalizou Delazari.
Estrutura – Todos os 75 bairros de Curitiba já são atendidos pelo Projeto Povo, além de treze bairros de nove cidades da Região Metropolitana. Ao todo, 47 cidades são atendidas em todo o Paraná, o que representa mais de 3,1 milhões de paranaenses beneficiados diretamente pelo Projeto Povo.
Agora, o Projeto Povo passa por uma nova fase de implementação, com o lançamento das bases móveis. Em Curitiba, quatro já foram entregues. A base funciona com um veículo do tipo furgão, equipado com rádio fixo para comunicação policial com a central, rádios portáteis, telefone celular e ponto de telefonia para conexão com a internet. Este veículo fica temporariamente parado em algum ponto da cidade e, dali, o efetivo parte para o patrulhamento nas imediações. É a partir da base móvel são coordenadas as ações e operações programadas para determinada área.
Fonte: AEN – Agência Estadual de Notícias