O pastor Everaldo (PSC) concedeu entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, na noite de ontem, 19 de agosto, e falou sobre suas propostas para governar o Brasil caso seja eleito presidente.
Everaldo Dias Pereira, pastor assembleiano, foi questionado sobre sua escassa carreira pública, pois apesar de militar na política desde 1981, nunca foi eleito para nenhum cargo público. Em resposta a esse questionamento, afirmou que sua “experiência de vida” o torna capacitado para liderar e delegar funções a especialistas de todas as áreas.
Sobre a decisão do PSC de abandonar o governo e lançar candidatura própria com uma plataforma considerada neoliberal, o jornalista William Bonner questionou se essa estratégia era apenas “conveniência”, afinal o partido tinha apoiado, desde 2010, um governo de esquerda. A resposta de Everaldo foi evasiva, frisando que em 2011 o PSC já havia planejado lançar candidatura própria nestas eleições.
Patrícia Poeta perguntou ao pastor Everaldo se a postura do PSC não era de “toma lá, dá cá”, pois em 2010, o partido havia decidido apoiar José Serra (PSDB), mas após o PT oferecer R$ 5 milhões para custear a campanha, a legenda decidiu apoiar Dilma Rousseff, que terminou eleita. “Não é toma lá, dá cá”, disse Everaldo. “Nós estávamos conversando. Metade do partido queria apoiar José Serra, e metade queria apoiar o PT.Quando o PMDB se aliou [ao PT] – nós fazíamos bloco com o PMDB na Câmara dos Deputados – aí nós fomos”, explicou o pastor.
O programa de governo divulgado pela equipe do pastor Everaldo prevê um “Estado mínimo”, com uma estrutura que não seja como é hoje, para reduzir as despesas. Em contra-partida, Everaldo prevê uma “privatização em massa”, como definiu Bonner, das empresas estatais, incluindo a Petrobrás.
“Defendo um Estado mínimo. Vou reduzir o número de ministérios de 39 para 20, vou passar para a iniciativa privada todas as empresas que hoje são foco de corrupção. Tudo que for possível. Eu vou te antecipar a notícia aqui: eu vou privatizar a Petrobrás. Uma empresa que foi orgulho nacional, hoje é um foco de corrupção e com uma dívida astronômica de mais de R$ 300 milhões. O petróleo é nosso, mas a Petrobrás hoje não é nossa”, disse Everaldo.
No contexto, Bonner perguntou se Everaldo privatizaria os bancos estatais do país, e a resposta do pastor foi negativa: “Banco do Brasil, Caixa Econômica representam a segurança do sistema financeiro, então não vamos mexer”, pontuou.
Nos minutos finais, o pastor Everaldo defendeu as propostas da bancada evangélica a respeito dos princípios cristãos, e disse que vai incentivar “a família como está na Constituição”, pois em sua visão, “casamento é entre um homem e uma mulher”.
Assista a íntegra da entrevista de Everaldo Pereira ao Jornal Nacional: