A Justiça de São Paulo marcou para 27 de junho uma nova audiência para ouvir os fundadores da Igreja Renascer em Cristo.
O apóstolo Estevam Hernandes e a bispa Sônia Hernandes deveriam prestar depoimento nesta terça-feira, mas não compareceram porque estão desde janeiro sob custódia da Justiça dos Estados Unidos.
O único a prestar depoimento no processo que corre na 16ª Vara Criminal de São Paulo foi o bispo Jorge Luiz Bruno, denunciado pelo Ministério Público do Estado no mesmo processo que os Hernandes. Segundo os promotores, eles teriam montado uma igreja ‘laranja’, chamada Internacional Renovação Evangélica, para livrar a Renascer de ações judiciais.
O Ministério Público pede o fechamento de todos os templos da Renascer em São Paulo.
Segundo a assessoria da Renascer, o bispo Bruno respondeu a todas as perguntas feitas pelos promotores, advogados e pela juíza Kenarik Boujikian Felippe. O depoimento durou meia hora, e foi realizado no Fórum da Barra Funda (zona oeste de SP). Ele também apresentou alguns documentos que, segundo a assessoria, comprovarão a legalidade da Internacional.
A assessoria de Renascer adiantou que o casal Hernandes apresentará no depoimento marcado para junho todos os documentos que mostrarão que a Internacional Renovação Evangélica “não é uma igreja de fachada, pois todas as exigências legais foram cumpridas”.
Segundo a assessoria, a igreja Internacional “é uma representação da Renascer e foi criada com o objetivo de formar e mandar missionários para o exterior”.
Se os Hernandes ainda estiverem retidos nos Estados Unidos até a data da nova audiência, a Justiça de São Paulo deverá enviar uma solicitação à Justiça norte-americana para que eles sejam ouvidos lá.
Prisão
Estavam e Sônia Hernandes foram presos em 9 de janeiro, ao desembarcarem no aeroporto de Miami (EUA), porque declararam falsamente para a alfândega norte-americana que não carregavam mais de US$ 10 mil cada. Os dois portavam, juntos, US$ 56 mil (em espécie).
Dez dias após a prisão, o casal conseguiu liberdade condicional e, desde então, tem de voltar até as 17h para casa e é obrigado a usar tornozeleiras eletrônicas. O mecanismo emite sinais com a localização dos réus, vigiados 24 horas.
O julgamento dos Hernandes nos Estados Unidos está marcado para a primeira quinzena de maio.
Fonte: Folha Online