As audiências públicas promovidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) desde a última sexta-feira, 03 de agosto, como introdução ao julgamento da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 442, apresentada pelo PSOL para descriminalização do aborto, motivaram lideranças evangélicas a se manifestaram sobre o tema.
A Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure) e o pastor Silas Malafaia usaram suas plataformas para se manifestar contra a possibilidade de descriminalização do aborto e para convocar os cristãos a se manterem atentos e em oração sobre o assunto.
Em nota, a Anajure pediu orações “para que Deus possa iluminar as mentes e os corações dos ministros do Supremo Tribunal Federal, durante o julgamento, que está em andamento”, e acrescentou: “Além disso, pede também para que os cristãos dirijam suas orações para que a decisão aprovada esteja amparada nos valores da dignidade da pessoa humana, tanto do feto, quanto da mãe”.
O presidente da entidade, Dr. Uziel Santana, pontuou que “esse julgamento é de grande importância para a sociedade brasileira, tendo em vista o conjunto de valores que caracterizam a identidade nacional como cristã”, e alertou para o fato de ações como a proposta pelo PSOL “tende a trazer ainda mais divisões entre os brasileiros, uma vez que a questão do aborto deve ser decidida não apenas por um grupo restrito de onze pessoas, mas por todo o Congresso Nacional, representante legítimo do povo brasileiro”.
Malafaia
O pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC) publicou vídeos em seu canal condenando a postura do STF de aceitar levar adiante a discussão, uma vez que a Constituição Federal define o Congresso Nacional como legislador.
“Todo lixo moral é produzido por esses partidos esquerdopatas. Depois na eleição eles querem te enganar e querem seu voto. O PSOL provocou o STF para tentar, na caneta, aprovar o aborto até a 12ª semana de gestação”, contextualizou o pastor.
“Segundo alguns juristas, entre eles um dos maiores, que é Ives Gandra, é cláusula pétrea [não pode ser mudada] na Constituição. O artigo 5º do caput diz que o direito à vida é inviolável”, apontou Malafaia, sublinhando que “são quatro artigos que […] você não pode mudar um deles: as garantias individuais”.
Ao final, expressando toda sua preocupação com os rumos que o Brasil tem tomado, Malafaia orou: “Deus tenha misericórdia do Brasil”.