A candidatura de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos perdeu alguns apoios entre as lideranças evangélicas norte-americanas após mais uma – de inúmeras – gafes cometidas ou reveladas do passado do bilionário.
A gota d’água para alguns desses líderes foi a divulgação recentemente de um vídeo gravado em 2005, quando Trump fez várias colocações depreciativas e preconceituosa às mulheres, dizendo inclusive que nenhuma mulher casada teria tranquilidade se fosse deixada sozinha em sua companhia.
O constrangimento e a revolta generalizados obrigaram alguns líderes a se posicionarem de maneira oficial, retirando seu apoio a Trump. No jornal Washington Post, o respeitado teólogo Wayne Grudem confirmou que não apoiava mais o pleito do republicano à Casa Branca.
No mesmo dia, o presidente da Convenção Batista do Sul – a mais influente convenção evangélica do país -, Albert Mohler Jr., publicou artigo também no Washington Post retirando seu apoio a Trump.
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias – os mórmons – também retirou seu apoio a Trump. Embora não seja uma denominação de estreito relacionamento com as demais vertentes cristãs, a igreja mórmon é politicamente muito influente no país. Na última eleição presidencial, o candidato republicano era Mitt Romney, mórmon.
Segundo informações do portal Político, o senador republicano por Idaho, Mike Crapo, afirmou que a revelação das declarações de Trump não deixaram outra escolha a não ser abandoná-lo.
Até um dos assessores da campanha do bilionário, o pastor James McDonald – líder da Harvest Bible Chapel de Rolling Meadows, Illinois – classificou o comportamento do candidato como “lascivo” e “sem valor”, de acordo com o portal Christian Today.
O pastor Franklin Graham, que desde o começo não manifestou apoio nem a Trump, nem a Hillary Clinton, candidata pelo Partido Democrata, afirmou recentemente em um artigo contra o aborto (prática à qual a ex-primeira-dama é favorável), que resta aos cristãos decidirem seu voto pedindo orientação a Deus.